terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eis aqui, suas explicações;

Procurei algumas palavras, com rimas furadas e versos cabíveis, pra tornar esse texto um tanto quanto mais leve. Sempre quis manter uma certa pose de "aqui ficam minhas palavras bonitas ou selecionadas, meus poemas preferidos, minhas canções, meu eu" ... mas todo eu tem seu lado explosivo, e máscaras... ah ! deixemos elas de canto agora.
Quando criei o blog, tinha o intuito de desabafar, e deixar minha mente mais plena .. afinal, escrever alivia tanto! Porém, nunca quis usa-lo como instrumento de dizer DIRETAMENTE algo a alguém; indiretamente sim, todos as vezes.
Mas vejo em outro blog que isso não vai cessar se eu não disser diretamente, as tais "explicações" que não devo a ninguém, porém não me custam nada, aliás, elas pra mim, nem ao menos cabem, sendo que, são claras aos olhos de quem realmente quer enxergar.
Primeiramente, esse post é reto e direto, "amiguinhas (os)" que fiquem a parte, cada um colhe o que planta, se é um erro meu ou dela, que seja nosso e não de vocês, então usem o "@twitter" pra falar as baboseiras das quais foram feitas para ali dizer, e ocupem-se dos seus problemas; Se eu "humilhei" alguem ou não, essa pessoa que fale comigo. Eu não sou obrigada a ficar lendo posts que indiretamente me dizem alguma coisa misteriosa, porque nem o dom da vidência eu tenho pra adivinhar nada ainda, mas suponho muito bem. E supondo, vejo que alguém confundiu as coisas. E é amigo que vem, amigo que vai, e assim as notícias correm, da mesma forma que amigo vem e me manda ler um post novo: "olha o que ela escreveu pra vc" ...; vão pra o diabo que os carregue, que eu tenho mais o que fazer.
Queria uma amizade sincera?! Pois bem era o que eu lhe dava, e era muito agradecida enquanto ingenuamente achava que me daria o mesmo, até as fofocas começarem, incrível que quem mesma disse "ah ela costuma imaginar coisas" a alguns dias atrás estava "@dizendo" que sou uma sem coração por dizer apenas o que já havia me dito; humanos.
Mas enfim, esqueçamos o que disseram e vamos ao que está visivel; Você sentiu, sente ou sabe-se lá, algo que eu não senti, nem sinto, nem pretendo sentir. Não tenho raiva disso, apenas lamento que as coisas tenham tomado esse rumo, e não, não tenho o direito de dizer se deve ou não sentir algo, porque cada um domina aquilo que sente (sim, domina) se foi de expontânea vontade que decidiu cultivar tais sentimentos, sinto muito por você, mas talvez não tenha culpa, o que me incomoda são as conversas que chegam até mim, os links com posts que me pedem para ler, e coisas do tipo "fluxo". E agora?!
Infelizmente eu não tenho nada que fazer quanto ao que alguém sente, mas posso aconselhar, que é melhor tomar o rumo de esquecer, porque morrer, ninguém morrer de amor. E tratando-se de mim, posso dizer mais convicta ainda, esqueça-me.
Tenho planos, metas, tenho amores, tenho minhas dores.
Você faz parte delas?
Talvez esteja inclusa no campo, "amigos", onde eu encontro apoio e carinho pra alcançar meus objetivos, podendo fazer o mesmo por tais.
Sinto profundamente sua falta, mas infelizmente talvez eu a sinta eternamente, por saber que eu não posso lhe dar o que você deseja ter, não sofra, eu não tive quem quis, o amor que desejei .. o mundo é um ciclo, e enquanto eu amei alguém que não me amou, você me amou pra eu não te amar, assim como talvez alguém do seu lado chore, por saber que seu amor, nunca será presente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

21/03/2010

Algumas coisas são importantes o bastante para nos marcar eternamente, mas talvez não sejam importantes o bastante para se manterem presentes.
De tantas ,algumas poucas restam, para dizer que um dia algo marcou de fato.
Mas assim como você não pode decidir quais se mantem presentes, você não decide como elas irão permanecer, como prova de que nem tudo é como nós queremos que seja;
Ter, não significa exatamente, possuir;
E eu não possui exatamente aquilo que eu desejava, e o que eu mirava, desejava possuir outros planos ... lá se foi.
Engraçado que quando existe um elo, existe um sentimento sobrenatural que te faz sentir, como as coisas vão terminar, ou que te diz que elas estão apenas começando; no fundo, nós sabemos exatamente o que devemos fazer, mas criamos desculpas para adiar o inevitável.
Eu errei fatalmente como nunca antes havia errado, sem medir as minhas consequências, sem pesar o meu valor; lamentei como qualquer pessoa perdida faz todos os meses por perdas diferentes, perdas das quais eu nunca senti perder, que eu nunca senti doer; doeu.
Dói mas passa; e quando você ouve isso, sente como um descaso ao que fere. Mas sempre passa; Hoje você vê um plano que já foi seu caminhar na mesma calçada que você caminha, ambos na mesma calçada, mas um em cada direção; e o que sente você? - nada; Absolutamente nada, que não sejam lembranças frias. Aquele "eu te amo" destinado ao antigo plano, hoje pertence a outro, que amanhã, provavelmente estará caminhando na direção oposta, sem ao menos ser percebido, dando lugar a outros planos outros "eu te amo".
É tudo descartável, a vida, é passageira, assim como os atos que cometemos nela; o diferencial está, no quanto isso marca você.
Me marcou.
9 meses, geraram algo que não foi vida; e hoje eu vejo um plano rasgado pagar por rasgar, aquilo que nem ao menos tinha um traço firme, para planejar algo que hoje está sendo rasgado por alguém, contra o seu rosto.
Pois que seja, eu nunca consegui nada do que queria, na hora em que queria ... a vida brinca constantemente de paciência comigo, me oferencendo algo antes tão desejado, no momento em que eu, não desejar mais.
Deixa estar, apenas lembre-se de que eu, ah .. eu sabia desde o ínicio, qual seria o SEU fim.
(acredite, te desejo tudo de melhor e de mais doce <3')

sábado, 18 de dezembro de 2010

A intolerância em Xeque;

A falsa moral da democracia;



Quão bom seria, se fossemos da mesma cor, do mesmo sexo, do mesmo habitat, dotados dos mesmos dons e portanto, donos da mesma opinião? Na verdade, não seria nada bom.
Mas seria se tivessemos de fato, os mesmos direitos; teoricamente esses existem, vigoram em papéis e promessas, mas basta manter-se atento aos noticiários para que se possa ver o quanto falham. O nosso país vive numa constante dívida social para com os negros, aumentam cotas em empresas e faculdades como se isso bastatesse para torna-los "iguais" sendo que a própria cultura os tornam diferentes. A mulher após anos de lutas, conseguiu o direito de cidadã e exercer tarefas que antes somente homens eram julgados qualificados, porém este ano, quando uma mulher se propôs a assumir a Presidência da República do Brasil, ficou visível o preconceito e eram explícitos os argumentos negativos do tipo "mas é uma mulher". Os gays todos os anos reunem-se na avenida Paulista em SP, na chama Parada do Ogulho GLBT em busca de direitos e respeito, e exatamente na mesma avenida, vimos no mês anterior e no atual, grupos de pessoas homofóbicas praticando a violência contra supostos homossexuais, violando seus direitos de escolha; descontentes com a intolerância entre si, desprezam qualquer tipo de forma de vida, nossas florestas vem sendo devastadas sem ou com consciência, animais mortos por satisfação do ego, que deseja aquilo que a natureza necessita para manter vivo o mundo que pertence a todos, ou que pelo menos deveria pertencer. Mas, o mundo pertence a quem pode pagar por ele,quem não pode é conduzido em transportes precários, zelado por uma saúde precária e mantido preso em sua liberdade de sobreviver ao invés de viver. Esperamos sem prazo, o dia em que os fins 'não' justifiquem os meios e que o ser humano perceba o quão bom é sermos diferentes uns dos outros, pelo simples fato de ser a diferença que constrói o vasto mundo em que vivemos , isso vai acontecer, quando aprendermos a respeitar mesmo aquilo que não conseguimos compreender. Não é necessário alcançar a igualdade, mas sim, encontrar-se na diferença.




Redação, Unifesp 2011

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dois que não são um;

O medo é a consequência do erro
uma inspiração errada pode leva-la a não querer mais mergulhar
por medo de afogar-se;
Então, lá esta você
não sei se em pé, ou se caída
se acordada de fato ou sonhando;
Mas parece mirar o horizonte, como quem sente vontade de ir mais além
mas não vai;
O balanço das ondas, intimidam.
Porem se o vento sopra mais brando, as ondas parecem fazer cócegas
ai você se mostra viva
toca a água, faz que vai mergulhar ...
... mas recua;
O mar é instável demais pra pedir que pare por um capricho
e enquanto você sente medo, alguém já o perdeu
Vê os barcos?
Eles estão desenhando na película da água
como que bricando.
Nele alguém está, dele tê observa;
Talvez espere que você mergulhe, talvez não ...
vocês se olham, pra depois o barco partir;
sem saber porque
sem saber para onde
sem saber do que foge, porque foge.
Você permanece sem esperar, mantem-se ali do mesmo jeito
seu corpo tão inerte quanto o que sente.
Vê os barcos?
não é apenas um, outros desenham agora;
assim como alguém pode mergulhar
com a coragem que você não teve por medo de se afogar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Tanto faz, nada faz;

Enquanto homens disputam quem tem o pênis maior
as mulheres disputam quem tem mais pares de sapatos;
sinceramente não sei o que é pior,
o complexo de inferioridade,
ou o excesso de futilidade.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sinto muito em não sentir;

Aliás nem sinto tanto, pois infelizmente meu egocentrismo me impede;
é o fato do erro comico.
Tão vazio e tão sem graça, quanto se fosse propositalmente
ah esqueço! é.
Faça de propósito somente aquilo que sabe ter resposta.
E não invente respostas.
eu nunca disse que sim, portanto não diga que eu sei do que se trata;
Eu poderia pedir, pra me mostrar seu mundo, e eu talvez, pudesse me interessar.
Mas já ai esta exposto, um mundo que não lhe pertence ...
ele é meu.
Você e apenas o tomou de posse pelo fato de saber que eu notaria;
Se me tomar um fio de cabelo, sentirei a falta.
E esse fio, é tão vital em mim ...
e tão inútil em você!
Só o conhece de fato, por mim ... se não fosse, seria assim como qualquer bom ser humano , que vai ao cinema e sabe que lá esta como obra do ano.
E o que isso te diz?
Nada.
Diz que sou eu ali, e não você!
E você, onde está?
Perdida no descompasso da dança, onde o coração que guia, não tem coreografia.
Ele apenas te diz pra chamar minha atenção;
Começou errado, mostrando-me apenas o que já era meu.
Ouve a música?
Então, dance pela razão.
E eu? Eu não ouço música alguma.
O amor é cego, e passou por mim direto.




pardom me.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?



Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tufo mofou,
e agora, José?




Grande ...Carlos Drummond de Andrade!!!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Reações Adversas;

Como seria bom se não houvesse antecipação!
Se as pessoas não esperassem muito de você, se você, esperasse o sulficiente de você...
Expectativas;
Elas atrapalham, as vezes tudo que você tem é uma chance de ter algo, que nunca teve.
Luta por isso achando possível, não desanima, vê lado bom até no que é ruim;
Mas, alguém espera muito de você, e é ai, que você espera suprir as expectativas...suas, dos outros e até mesmo de quem não existe.
A expectativa transforma sua oportunidade de evoluir, em um monstro.
E ele cresce de acordo com sua expectativa, e te devora de acordo com a intensidade que domina suas ideias, que antes eram positivas em relação a tudo que você via ser conquistado por você.
Um ano inteiro somente pra descobrir o que você deseja pra si, e o que deseja fazer pela vida. Parece muito; mas não é, na verdade é bem pouco ... se você está perdido, qualquer caminho parece bom, mas logo percebe que qualquer caminho é longo o bastante para ser desperdiçado com algo "bom", e então deseja o ótimo, ideal, que mantenha a essência daquilo que você é.
É incrivel como algo pequeno e simples pode se transformar em algo gigantesco demais para que você acredite ser alcançável; o medo existe para todos que sentem que podem perder a única coisa que possuem.
Muitas vezes essa "coisa" é apenas uma ideia, um plano ... e mesmo antes de conseguir alcança-lo , já é possível sentir a sensação de perde-lo.
Espero abrir os olhos sem esperar nada do meu dia, sem deixar de ver a grandiosidade dos fatos, desejo vê-los de uma maneira própriamente simples.
A fé que eu deposito em mim e só ... amanhã parece tarde demais, mas ontem parecia que hoje também seria.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Borboleta Preta;

Sobre as obras clássicas para o vestibular, mantive uma maneira minha de escrever, mostrando pontos que gostei, e explicando como lembrança a mim mesma, o que ocorria no tal enredo. Este farei diferente, ficará longo, mas irei postar aqui, um capítulo curto do livro, que muito me prendeu as palavras, e o que elas poderiam significar. Eis o capítulo 31, de Memórias Póstumas de Brás Cubas;


[...]

No dia seguinte, como eu estivesse a preparar-me para descer, entrou no meu quarto uma borboleta, tão negra como a outra, e muito maior do que ela. Lembrou-me o caso da véspera, e ri-me; entrei logo a pensar na filha de Dona Eusébia, no susto que tivera e na indgnidade que, apesar dele, soube conservar. A borboleta, depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa;sacudi-a, ela foi pousar na vidraça; e, porque eu sacudisse de novo, saiu dali e veio parar em cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite; e o gesto brando com que, uma vez posta, começou a mover as asas, tinha um certo ar de escaninho, uma espécie de ironia mefistofélica, que me aborreceu muito. Dei de ombros, saí do quarto. mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu. Não caiu morta; ainda torcia o corpo
e movia as farpinhas da cabeça. Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde. a infeliz expirou dentro de alguns segundos. Fiquei um pouco aborrecido, incomodado.
-Também por que diabo não era ela azul? disse eu comigo.
Esta reflexão,-uma das mais profundas que se tem feito desde a invenção das borboletas,- me consolou do malefício, e me reconciliou comigo mesmo. Deixei-me estar a contemplar o cadáver, com alguma simpatia, confesso. Imaginei que ela saíra do mato, almoçada e feliz.A manhã era linda. Veio por ali a fora, modesta e negra, espairecendo as suas borboletices, sob a vasta cúpula de um céu azul, que é sempre azul, para todas as asas. Passa pela minha janela, entra e dá comigo. Suponho que nunca teria visto um homem; não sabia, portanto, o que era o homem; descreveu infinitas voltas em torno do meu corpo, e viu que me movia, que tinha olhos, braços, pernas, um ar divino, uma estatura colossal. então disse consigo: "Este é provavelmente o inventor das borboletas." A ideia subjugou-a, aterrou-a; mas o medo, que é também sugestivo, insinuou-lhe que o melhor modo de agradar ao seu criador era beijá-lo na testa, e ela beijou-me na testa. Quando enxotada por mim, foi pousar na vidraça, viu dali o retrato de meu pai, e não é impossível que descobrisse meia verdade, a saber, que estava ali o pai do inventor das borboletas, e voou a pedir-lhe misericórdia. Pois um golpe de toalha rematou a ventura. Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores, nem a pompa das folhas verdes , contra uma toalha de rosto, dois palmos de linho cru. Vejam como é bom ser superior ás borboletas! Porque, é justo dizê-lo, se ela fosse azul, ou cor de laranja, não teria mais segura na vida. não era impossível que eu atravessasse com um alfinete, para recreio dos olhos. Não era. Esta última ideia restituiu-me a consolação. uni o dedo grande ao polegar, despedi um piparote e o cadáver caiu no jardim. Era tempo. aí vinham já as próvidas formigas....Não, volto à primeira ideia; creio que para ela era melhor ter nascido azul.


Vejo um certo preconceito em relação a pobre borboleta ... mas isso é narrado de uma forma tão esplêndida!!! O livro em si, é um tanto quanto chato, afinal é um morto quem narra suas memórias, portanto acabam ficando confusas, mas, mesmo um livro chato, sendo de Machado de Assis, torna-se encantador.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Deixe seu recado após o sinal ...

Alô?
- oi ....
É você?
-sim ... oi?!
Ah ... e ai, tudo bem ?
-é, indo...
Poxa, saudades! Como anda a vida?
-não sei, não a vivo ...
Nossa! Precisa sair mais, conviver com os amigos, sentimos sua falta ...
-pois é.
Novidades?
-nunca tive.
É, nem sei o porque pergunto isso!!!
-(silêncio)
Hum...quer sair no fim de semana?
-não posso, tenho prova.
Ah é mesmo! E ai, está animada, vai passar heim!
-é, farei o possível.
Isso! Vamos comemorar!
-(silêncio)
E os amores?
-não tenho tempo, nem os vejo passar.
Nossa , tem que dar uma escapada as vezes, beijar faz bem!
-hum,não sinto necessidade.
Não? Como não ? Todo mundo sente .. você anda estranha!
-não ... não quero beijar qualquer pessoa.
Ah! Danadinha, esta com alguém em mente!
-não... (impaciência) apenas não pretendo beijar alguém sem ter alguém em mente.
Ah entendi! Você anda estranha...
-cansaço.
Ah ...
-vou desligar, preciso ler.
Ah, que pena, não matei as saudades ...
-pois é.
Eu te amo.
-(silêncio)
Não some tá?
-ah, sim.
Beijos .. não esquece que eu te amo?
-aham.
Tchau .. até logo.
-tchau.




[...]



(No dia seguinte:)

Alô?
-oi...
Oi!!! Que saudade!!!
-(sliêncio)
E ai como vai ?
-bem.
Ah ...
-(impaciência)
Eu te amo.
-hum.
Ai ai ... você sabe que te amo.
-não sei de nada.
Boba!
-(inspira)
Ah, o que esta fazendo de bom?
-estudando.
Sim! Vai passar nas provas!
-é .. preciso desligar.
Ah, tudo bem ....
-tchau.
Te amo!
[...]
Internamente minha mente prevê ao toque do telefone, um desagradável momento, onde estende-se um diálogo, onde só um fala, onde só um se preocupa, onde só um sente.
Perdoe-me.
Odeio telefones!
Aparelho insuportável, permite que você solucione rapidamente um problema a distância, assim como permite que crie um problema a distância.
Suor escorre, corta meu rosto, a boca está seca, o coração a palpitar depressa....
É o toque.
Desculpe, não vou mais atender ...
Nem ao menos sei seu nome, pressiona-me a alma que me ame, sem ao menos conhecer meus princípios.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Alice;

Onde esta você?
Não te vejo mais;
Será que me esqueceu?

A mente traz memórias de uns dias atrás
De só você e eu;
Um dia vai sentir
A minha falta...
Mais não vou deixar você
Sofrer;


Sei que está
A me esperar
Porque eu também estou ;


Te encontrei no mesmo lugar
Em que te deixei
Não pude aproveitar
A chanche de estar
Ao seu lado


(pré-refão)
Como eu queria voltar
No tempo
E trazer de novo aquele momento

(Refrão)
Um dia veras
Que dias atraz
Estarão pra sempre aqui
No meu pensamento, e em mim
Em qualquer lugar...




















É linda! Nunca tive uma música, algo inspirado em mim, e estou completamente boba com essa, mesmo porque quando foi escrita, não tinha porque, nem nome, e indiretamente, de uma forma estranha, foi exatamente feita pra mim. Parabéns aos compositores Bob, Pedro e Paula. Obrigada aos integrantes da Stig, e parabéns a Paty, que poe uma vida e toda uma expressão magnífica nessas palavras enquanto canta, com aquela voz que só quem já ouviu sabe o quanto é linda!

domingo, 21 de novembro de 2010

"Amadurecência"

Por favor amigo, cave a cova, bem funda e depressa.
Vocês esqueceram do meu funeral e já estão conformados
não choraram minha morte, mas eu morri.
Eu não sabia.
Me iludia com a vida, com abraços e palavras amigas
me julgava confortada e viva.
Mas vocês já me veêm morta,
qualquer mudança é morte
qualquer forma diferente de pensar é esquecida
qualquer atitude nova é jogada longe.
Vocês não sabem lidar com algo além de suas fútilidades
Se eu deixasse de comprar aquele livro para comprar uma roupa bacana
eu estaria ai, vê? Você esta me abraçando e dizendo palavras doces ...
...doce acidez que se esconde em olhos oblíquos.
Eu não sou o que vocês querem, por não possuir o que precisam.
Amizade pra muitos é conveniência.
"Se te chamei aqui, é porque você tem muito do que me interessa."
E o que sou, onde está?
Ah! Me esqueço, isso não pode ser pago no cartão em algumas vezes com pouco juros.
É, posso não ter o que você tem.
Mas tenho o que necessito ter, e o que posso ter
antes isso, do que afogar o pouco que me resta para ter o muito que não me cabe.
Admiro quem tenha de fato, e me leve por conta do que posso ser, e não ter,
Pena que exista tão pouco para admirar ... são raridades.
Devo me apegar ao que não me convém, por ser conveniente apenas pro meu estado de espírito;
O material fica pra vocês, que são tão descartáveis quanto.
Dói, mas tudo que dói fortalece
e vou me lembrar quando conseguir, por menos ou mais que demore;
por enquanto estou aqui observando o quanto vocês se divertem.
Mas logo estarei num outro plano, ocupada demais para notar
o quanto vocês gastaram para manter-se no mesmo lugar.
Perdoem-me se eu atrapalhei a festa, pra perguntar sem conveniêcia
"olá, como vai você?"
Que Roberto me desculpe, mas não, eu não preciso mais saber das "suas vidas."

sábado, 20 de novembro de 2010

Tudo é um grande nada;

São belaz luzes ... brilham, encantam, causam sorrisos
não vejo beleza.
Nem ao menos as vejo acessas.
Tenho um cronômetro a pulsar no peito, onde deveria haver um coração.
Pulsa apressadamente, bate no descompasso;
É tarde para olhar as luzes, é tarde para admirar o que é belo
é tarde para sorrir.
Um minuto e meio para tudo explodir
tudo que tenho ,são planos ...
todos os planos dependem da incerteza
essa incerteza é um tudo.
Logo, o que sinto e não passa, torna-se nada ...
.. nada por você ser tudo;
Tudo é tão incerto !

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Soneto de fidelidade;

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive) :
que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Estoril, outubro, 1939 Vinicius de Moraes

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mais vale um na mão, que dez voando?

Conte consigo, e isso basta.
São poucas horas pra viver um dia
seja passageiro, seja longo
mas que seja intensamente.

Você conta com o amanhã esperando que seja feito por alguém
mas o amanhã é incerto para planos
e o hoje não conta com ninguém.
Basta você para seu dia estar completo;

Você conta com as pessoas que ama
como coisas que possui
Diz que as perde e depois chora,
mas você não pode perder o que nunca foi seu.
Basta amar-se para não se perder;

Você cobra falhas de tudo que o cerca
mas esta sempre falhando com tudo que se faz presente
não sei se propositalmente, ou se é apenas inconveniência
mas ninguém deve cobrir erros atravéz de erros.
Basta doar-se como gostaria de receber alguém;

Você se diverte ao agredir alguém
exatamente como odeia que lhe julguem tal
reclama da injustiça, e faz exatamente igual.
Basta por a razão diante das palavras;
Não acho que seja falta de estilo nem de personalidade
certamente é um grande excesso de todas as coisas juntas.


Exagero...
Não é necessário pedir atenção
isso você colhe exatamente como planta.

Conte consigo e isso basta
todos nascemos com uma certa liberdade,
caminhar em novos terrenos faz parte do desenvovimento pessoal
então aprenda que não terá quem quer a hora que quer;
Aliás, não terá nada na hora que quer.
Basta saber o que você deseja;
Reconhecer os erros próprios é o primeiro passo
para concertar um grande estrago.
O erro do outro, fica por conta dele
Basta você saber que cada um toma suas próprias decisões.
Agora com licença, preciso de um minuto só meu,
preciso fechar a janela
meu eu me chama constantemente para falar a mim mesma

conto comigo, e isto me basta.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Talvez fossem apenas morangos ...

Poucas coisas faço com prazer;
muitas faço sem saber o porque...
Observar o fruto, admira-lo, sentir desejo .. e enfim o gosto.
Quanto mais admirável, mais belo e mais misterioso, melhor o sabor.
Não vejo graça em provar o previsivel.
A distância e o provável impossível, tornam as coisas mais interessantes.
Porém eu tenho pressa...
nasci assim, sem ter paciência de cultivar para depois colher.
Talvez seja por isso que nunca tenha colhido nada ...
Resolvi me contrariar, ir além quanto a todos meus instintos;
Estou cultivando a um certo tempo ...
Cultivo, admiro, me perco ;
Outra qualidade que me segue desde que vim ao mundo, perder-me.
Perco-me todo o tempo, encontro-me tanto quanto perco-me;
Mas agora não posso me perder, os frutos estão para vir
as flores já brotaram enfim.
Espero não esquecer , de dar-lhes a devida atenção agora,
ou os frutos irão ficar para a outra estação.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Gracias madre!

Existe uma fase na vida do ser humano, em que só a própria mãe o atura;
A adolescência... ou aborrecência, como dizem alguns.
Fase complicada, afinal, você tem mais de 13 anos, portanto não é criança .. porém ainda não tem 21 anos, então também não é adulto. E o que é então?
Um grande poço de dúvidas, caminhando a favor da maré, mesmo achando que contra.
Afinal, é mais fácil ver um ser nesta fase, indo de encontro, do que contra, sabe como é, os famosos, "grupos sociais".
Muitas vezes a aceitação social, vem de forma vulgar, ou violenta, ou mesmo exibicionista.
Creio que exibicionismo seja o maior fator.
Mas vamos ao que me levou a escrever tamanha bobagem construtiva!
Assim como eu, qualquer um ao andar nas ruas, ou mesmo sentar-se em frente ao computador em algum site desses de relacionamento, pode notar o quanto a idade faz sim, a cabeça das pessoas. E eu só percebi isso, quando percebi que havia saído finalmente dessa fase conturbada. E só percebi, porque não vejo minha mãe reclamar mais das fútilidades de antigamente, vindas de mim.
Sim, vou criticar algo que conheço bem, e todos conhecem, quem não conheceu, logo logo vai entender.
Povos antigos, já usavam as tribos para identificação e meio de sobrevivência. Essas tribos tomaram grandes proporções, se multiplicaram e se distiguiram umas das outras, algumas cultuando divindades, usando a religião, outras cultuando homens.Todas, com a mesma finalidade: o controle, o poder, a manipulação, a aceitação;
E o que isso tem em comum com seu vizinho cheio de espinhas, que nesse momento esta trancado no quarto ouvindo Restart e pensando que a vida dele é uma droga?!
Tudo.
Note que se esse mesmo pequeno ser indigesto, não esta infiltrado em algum grupo, logo estará. É um fato que nessa fase da vida, o ser humano precisa ser "compreendido" ... o problema é que mesmo que isso ocorra, ele não vai perceber e vai continuar a lamentar o porque veio ao mundo. Mas essa fase, começa a se fundir a outra, não deixando de lamentar e sentir-se injustiçado, o pequeno projeto de adulto, que não é mais criança, resolve unir-se aos que melhor se encaixam a esse seu perfil. "Diga com quem andas, e te direi quem és..."
Tribos. Voltamos a origem da ordem, ou desordem, como preferir. Mas ao contrario da tão falada "nova ordem mundial" , essas pequenas demonstrações, não buscam objetivamente algo, mas acreditam buscar. Uma forma de criticar o meio, de dizer o que pensa, de se vestir, de pintar um muro, de cantar uma música (essa hoje em dia esta bem fraca), logo, os grupos se auto-denominam e agem;
Agem? Bom ... as ações são diferentes das que citei originais ... são sim, uma forma de buscar o auto-entendimento ou mesmo "ter o poder" , (todo adolescente sonha em dominar o mundo...). As diferenças são as formas inúteis como essas acontecem. Eu mudo meu corte de cabelo para te chocar, eu ponho 232 pircings no corpo para te chocar, eu ando todo de preto ou todo colorido para te chocar, eu ouço um som alto para te chocar,eu saio nas ruas pixando muros para te chocar, eu fumo para te chocar, bebo para o mesmo, mas, eu nunca irei assumir que é para te chocar, direi que é por "me sentir bem, ser eu mesmo, e afins";
Mas se eu me sinto tão bem, porque é que eu ainda me sinto incompreendido e digo que meus pais não me entendem, que eu nunca mais vou amar ninguém, e que meus amigos são todos uns falsos?
Porque pequeno ser, você ainda é adolescente.
De fato, crê que o mundo gire ao seu redor, que tudo aconteça com você, e que não exista dor maior, problema maior, do que os seus.
É uma fase egoísta.
Fase, diga isso a um adolescente e prepare-se para ouvir um discurso filosófico nada coerente sobre a tal palavra, tão repulsiva para ele. "Fases passam, isso sou eu, e eu serei sempre assim.." coisas do tipo;
Uma fase de apegar-se ao que não é fixo, crendo que o mesmo será eterno, sendo que nem mesmo nós somos. Somos mutáveis, graças a evolução, Deus ... vai saber.
Hoje em dia reclamamos que essa nova geração ouve um som que só cita o amor, a dor deste sentimento, e a melancolia colorida. Reclamamos que os garotos usam mais chapinhas e alisantes capilares do que as próprias mulheres. Mas creio que seja esta uma geração mais maleável, menos agressiva. Não podemos negar que mais desinteressada com o todo. Mas o fato de que todas as gerações têm tribos diferentes e fases, menos mal que a atual não seja tão preconceituosa e agressiva. É inevitável que as tribos continuem a surgir do nada e voltar para esse nada, é inevitável que esses pequenos seres passem por isso, porque isso é o que os tornará adultos um dia, assim como é impossível dizer a eles que é uma fase, que talvez seus pais não sejam tirânos e que seus amigos, na verdade, não passam de um grupo social, que ele precisou entrar para sentir-se um pouco mais existente.
E quando essa fase que ele tanto acreditava ser eterna passar, ele talvez escreva sobre o quanto acha rídiculo ver uma foto, com 15 adolescentes, pixando um muro, com uma frase de agressão ao sistema, escrita errada.........
E é ai que ele vai pensar:
Eu já fui assim! E nem ao menos me lembro o porque ... hoje sim eu deveria me trancar e chorar, quem me dera que a dor, fosse só de amor, e que meu maior problema, fosse compreender a mim mesmo.















" Quanta mudança alcança o nosso ser ? Posso ser assim, daqui a pouco não..."
[ O Teatro Mágico ]

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Elogio da loucura.

"Todas as coisas humanas têm dois aspectos...para dizer a verdade, todo este mundo não é senão uma sombra e uma aparência; mas esta grande e interminável comédia não pode representar-se de um outro modo. Tudo na vida é tão obscuro, tão diverso, tão oposto, que não podemos nos assegurar de nenhuma verdade."






Erasmo de Roterdã;

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E nem vem, Enem!

O Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, é a maior porta para universidades no nosso país, junto ao ProUni , programa universidade "para todos" , vem beneficiando alunos de baixa renda, e dando oportunidades que antes, não passavam de sonho. Nunca " na história desse país" foi tão fácil chegar ao nível superior ... bom, pelo menos até o novo Enem entrar em curso.
Desde 2009 uma nova versão do Enem foi apresentada, com muito mais questões, dois dias de prova sendo antes apenas um, e uma lingua estrangeira. Até ai, tudo bem, visando que Universidades Federais e até mesmo grandes Universidades Estaduais haviam aceitado o exame como sistema único de vestibular, ou sistema misto, se o exame seguisse o modelo antigo, alguns alunos possivelmente despraparados ingressariam nessas Universidades. Boa reforma, porém só na teoria. Logo no primeiro ano de novo Enem, tivemos um episódio trágico, onde a prova vasou, e estava sendo vendida. O que se seguiu foi o cancelamento da prova, que tinha data para ser aplicada, já que as universidades contavam com essa data para dar ínicio aos vestibulandos de segunda fase, ou mesmo os que já teriam concluído de primeira. A prova cancelada, segundo as Universidades Públicas em geral, estava muito fácil, em nível muito baixo comparada as provas de vestibulares tradicionais, então, a nova prova que seria aplicada um mês depois, veio em nível mais difícil. Mas já não seria aceita por algumas Universidades, por conta da data de aplicação não bater com o ínicio do ano letivo, ou seja, milhares de alunos foram prejudicados.
Eu não havia feito essa prova de 2009, por sorte evitei me frustar, por azar estava alienada demais vivendo uma vida que não era minha, coisas que acontecem quando você resolve namorar, enfim.
Assim como eu, muitos candidatos ao Enem 2010, ao verem o nível de dificuldade da prova aplicada no ano anterior, resolveram ingressar em algum curso preparatório pré-vestibular, tanto para obter um bom desempenho no Enem, como em outros vestibulares. Desde o ínicio do ano, estudando , perdendo noites de sono, deixando a vida social, para conseguir ingressar em uma boa Universidade, e o Enem ainda ajuda, pelo fato de que muitas dessas boas universidades são particulares, e pessoas como eu, não tem condições de se dar a tal luxo, e contam portanto com uma bolsa de estudos ou pelo menos uma bolsa parcial, aumentando as possibilidades, tanto em universidades públicas quanto privadas.
Primeiro dia de prova, você vê suas chances se iniciarem quando olha a sua volta e percebe que dos 4 milhões de inscritos, pelo menos 2 milhões não tem idéia do que estão fazendo, e nem querem ter. Dois dias em que as linhas de metrô estavam congestionadas, o trânsito estava tenso, e o país parava para assistir a mais um episódio trágicamente cômico. Priemeira prova, as habilidades de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, estavam com seus respectivos gabaritos invertidos, mas eram somente nos temas, e não no conteúdo do gabarito ... falando vulgarmente, só os nomes estavam trocados, a porraaaa das bolinhas onde os alunos iriam preencher suas respostas, estavam normais. Os aplicadores das provas avisaram e instruiram devidamente como prosseguir. Mas como eu disse, pelo menos 2 milhões de candidatos nem sabia o que estava fazendo, sendo assim, boa partes desses inverteu as questões. Como se não bastassem os erros de gráfica e de alunos disperços, alguns alunos resolveram desafiar uma das principais normas da prova: usar o celular, conectar a internet. O Mec e o Inep flagraram alunos em tempo real, twittando, e por tweet, esses receberam a notificação de que a policia federal havia identificados seus aparelhos móveis, e estavam esses candidatos, desclassificados. Preciso ressaltar que um candidato que "twitta" do meio de um concurso vestibular, esta incluido nos milhões desinteressados? O problema é que quem nada tem com isso, paga o pato junto. Mas como desgraça pouca é bobagem, no Ceará, 21 mil provas foram impressas com erros, algumas sem opções de respostas, algumas com datas erradas , algumas com questões invertidas. O tribunal de Justiça local, pediu a anulação da prova, alegando que todos os candidatos haviam sido lesados pelos tantos erros de prova. O problema, é que 21 mil de 4 milhões, é uma porcentagem menor que o mínimo, 0,3% aproximadamente. Mesmo assim, a pressão foi feita, e Ministério da Educação teve que cancelar a prova. O Ministro diz que tentará reverter o caso, aplicando uma nova prova aos que foram prejudicados, já que são minoria. Mas, seria justo fazerem a mesma prova que já esta rodando de mão em mão? Uma nova prova, seria justo, tendo em vista que pode ser considerada mais fácil ou mais difícil que esta aplicada? Se for mais fácil, dirão que foram prejudicados os que fizeram a oficial, se mais difícil, injustiçados os que fizeram a nova. Uma prova em nivel igual é praticamente impossível. Agora ficamos aqui, esperando para ver o novo capítulo da novela do Enem, e saber, se "fodeu" mesmo, ou se terá jeitinho.
Perder dois dias, cansar a mente e o físico, aprender que feijão tropeiro é muito mais do que uma comida que eu não gosto, que Tirandentes parecia Jesus, que Júpiter perdeu sua rosca, que Monteiro Lobato era racista, que meu cahorro precisa de passaporte pra entrar na Europa, que eu ouvi a palavra MOL o ano todo e nem ao menos lembro o que significa, que química é c= chutei, que trigonometria me fode e PA me salva, que nas questões de linguagens eu lia um texto gigantesco para no fim ter de reler por conta do cansaço, e mais do que nunca, aprender que a palavra erro, logo será substituida pela palavra INEP.

domingo, 31 de outubro de 2010

Vodka e raiva, proibam essa mistura.

Mulheres, de todas as cores, várias idades, pouco ou muitos amores. O fato, é que pouco, pode trazer frustrações, e uma mulher frustrada, vale como um caminhão desgovernado. Nesse instante, todos os músculos do meu corpo, estão vibrando frenéticamente contra mim, e não é frio. É ódio. Ódio de ter me tornado alguém tão melhor, ao ponto de tentar dialogar com quem não quer diálogo.
Sinto falta de quando, eu involutariamente fazia uma maldade e ria. De quando meu corpo reagia de acordo com a carícia, de quando eu não sentia remorsos, de quando eu agia calculadamente e fria.
Hoje sou focada, tão focada, ao ponto de achar que existem boas pessoas, ao ponto de achar que sou uma boa pessoa. Mas será que vale a pena?
Vale a pena sorrir, se o seu sorriso não agrada?
Vale a pena pedir por favor, pra evitar explodir?
Vale a pena achar que as coisas mudam?
Se não mudassem, eu não estaria tremendo agora, levaria algumas marcas, mas teria deixado a minha antiga marca. Porém, já faz algum tempo, eu não sei mais porque, mas sei que não vejo sentido em agir pelo impulso, seja ele bom ou ruim.
Deus sabe o esforço que eu faço, pra conter cada movimento, pra segurar cada palavra, pra evitar suprir minha necessidade de sair vencedora, mesmo que para isso alguém perca o sorriso. E ele sabe, a tamanha vontade que eu tenho, de ver esvair-se a vida, entre meus dedos, a vida de quem é injusto comigo. Sabe, que eu penso que o mundo, seria melhor se eu tivesse o poder, de decidir quem continua, e quem se despede. Eu diria adeus a tantas pessoas. Mas ele sabe, eu me esforço tanto, e o resultado, é levar para casa, indignação e repulsa.
Ele estava lá hoje, ele que eu vejo todos os dias no elevador do prédio , ele que me faz pensar em, o porque é tão difícil perguntar apenas "Qual seu nome?"
E provavelmente, eu nunca pergunte, não depois de hoje.
Ele me viu ser apedrejada, por algo que eu não fiz, como sempre. Sinceramente, quando eu fazia eu levava vantagens. Porque eu sabia extamente a hora do ataque, e estava armada e psicológimente forte. Ele me viu, como algo repulsivo.
Alguém vingou algo. Vingou algum remorso, algum rancor ... e eu, não sei qual. Sei que realmente, não tinha ao menos olhado na direção do tiro.
Poderia ter sido pior, poderia uma mulher, fora de sí, ter conseguido sucesso em me trancar num banheiro, e me bater a cabeça no vaso até que eu viesse a desfalecer. Poderia sim, mulheres são imprevisíveis...mulheres são mulheres. Mas, tenho mais nojo dos homens. Esses gostam de envaidecer o ego, e são capazes de por o próprio patrimonio em jogo, por um desejo não cedido. Ceder, eu não tenho culpa de não ceder meu coração, não a quem não me interessa.
Mas havia quem me despertasse interesse, havia, havia quem pega o elevador comigo todos os dias, as 19:15 da noite.
Não há mais.
Ele, pensa que sou de briga, que sou uma má pessoa, que sou quem fui, e quem não sou mais. Ele pensa que não tenho controle, ele pensa, que ajo por instintos primitivos. E eu não ajo ... eu nem ao menos reajo mais.
Eu me calo.
Me calo mas sinto dor.
Sinto dor de ter perdido minha identidade, ela era um tanto perdida...mas ela me dava segurança.
Agora eu vivo, sem saber quem são as pessoas, e o que elas guardam pra mim. Antes, eu guardava pra elas.
Evoluir espiritualmente, talvez signifique isso. Ver o mundo com mais indignação, descobrir porque todos os dias a violência cresce, e mais pessoas deixam de existir, descobrir que você deve sofrer, para alcançar o nível mais alto. Descobrir que muitas vezes a injustiça estará ao seu lado, e que você por se bom, resolveu deixa-la para la.
Parto-me.
Que seja castigo por todo o mal que um dia eu levei comigo, e que tenha acabado ... já paguei tanto e tão sofridamente. Já estão vingados todos os corações que eu parti, e todas as pessoas que eu machuquei. Eu mudei ...
vale a pena, sem ninguém enxerga?
Eu enxergo.
Só a mim, basta-me?
Parto-me.
Gostaria de ter parado de tremer e sentir ódio ao escrever, é meu jeito de libertar o mau sentimento, o antigo jeito de sangrar quem atormenta não é mais digno de meus princípios. Odeio ter princípios.
Queria ser mais forte outra vez, queria devolver todos os tapas que levo por não ser má o bastante, queria poder tirar do meu caminho todas as pedras que se postam diante de mim. Queria ser mais forte.
Queria que ele não me achasse má ... ele nunca me ouviu falar. E nunca vai ouvir, porque os tais princípios me impedem de dizer:
-Sabe, eu não tive culpa; Qual seu nome?!
Nem o nome eu sei.
Gostaria de me sentir consolada, querida, amada ... gostaria que fosse visível que não sou assim como pensam, gostaria de conseguir dizer mais o que penso, gostaria de não chorar sozinha, gostaria de não me sentir um vazio espaço, por ser apenas, alguém melhor.
Parto-me.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Sol que aquece o meu olhar;

Dezessete andares, dezessete pensamentos, dezessete batimentos cardíacos acelerados;
O que é perto parece longe e o que é breve parece eternidade
Eternindade é sentir o calor do Sol, do seu Sol
Um corredor pra marcar tempo, uma porta aberta com o eco da voz;
Voz que diz, que o Sol já está se pondo.
Uns pares de janelas grandes, todas abertas
um precipício.
O infinito seria a queda por uma delas, queda curta que pareceria longa...
...angústia breve que pareceria eterna.
Eterno é o calor do Sol.

sábado, 23 de outubro de 2010

Humor , só assim pra explicar os votos conservadores!

Capitães da Areia;

Um livro de forte impacto social, que foi polêmico desde seu lançamento, em 1937. Retratando o descaso e o abandono, o livro fala de crianças de rua. Tendo como cenário a Bahia e seus costumes, o autor Jorge Amado nos mostra um pouco da cultura local.
Nos primeiros capítulos, segue-se algumas pseudo reportagens sobre os Capitães da Areia, grupo de menores abandonados da Bahia, que furtam para sobreviver. Morando em um velho trapiche (Grande armazém, próximo de um cais, onde se depositam e guardam mercadorias importadas ou que devem ser exportadas.) as crianças levam a vida de uma forma diferente das outras crianças. Apesar da pouca idade, os meninos levam a vida como homens, tendo uma visão politizada, sobre o descaso dos mais ricos para com os mais pobres, e sobre as autoridades, que invéz de ajuda, lhes viram as costas, assim mostra o reformátorio, para onde um dos garotos chega a ser enviado após ser capturado pela policia em um assalto. O reformátorio que deveria educa-lo e oferecer-lhe abrigo, mostra uma autoridade desumana, maltratando e escravizando os pequenos infratores, e esses, óbviamente não se "reformam".
O enredo é polêmico. Alguns exemplares do livro, foram queimados em praça pública junto a outros livros de Jorge Amado, que enfrentava problemas na época, de ditadura militar, por ser filiado ao Partido Comunista Brasileiro.O livro, que é de todo uma critica social, mostrando como vilões o clero e o poder civil, com certeza não seria bem vindo numa época de repressão.
Além da critica , o enredo conta a história de todas as personagens, de forma que o autor escreve em terceira pessoa, algumas vezes tendo o narrador onisciente, mostrnado a visão de cada personagem, e comentado sobre elas, outras vezes, esquecendo as personagens e focando no espaço, nos cenários bahianos.
O grupo de crianças abandonadas, Capitães da Areia atua de uma forma em que, roubar dos mais ricos, e dar aos necessitados, seria uma politica justa. Não exatamente violentos, mas em alguns momentos, devido a revolta e a falta de atenção, tornan-se violentos pela necessidade. São crianças, mas pela vida que levam, já não tem uma visão infantil sobre o mundo injusto em que vivem. Também não são crianças em relação a sí próprios, já que todos levam uma vida sexual, e até mesmo o homossexualismo é apresentado entre o grupo, que por falta de carinho, buscam no sexo suprir essa falta, confundindo o amor e o sexo. Mas, o personagem principal, Pedro Bala, um menino visto como "pai de todos", se apaixona por Dora, que perdeu a familia em uma epidemina de varíola que chega até mesmo a matar um dos Capitães da Areia. Dora, orfã com seu irmãozinho pequeno, é encontrada por tres capitães da areia e levada ao trapiche, onde depois de muita confusão é aceita, e só é aceita porque o líder, Pedro Bala permite. Quando Pedro se apaixona por ela, ele então descobre que existe um amor diferente daquele que ele conhece. Um amor puro, que o sexo vem em segundo plano. Isso, acontece com todos os outros integrantes do grupo, um a um, descobrem em Dora, o amor, porém de formas diferentes, muitos como amor de mãe, outros como amor de irmã, e Pedro bala, como amor de "noiva". (que fique claro que as personagens tem entre 11 a 16 anos em média). Além de Pedro, outro se apaixona por Dora. O Professor. Assim chamado porque é o único do grupo que sabe ler, e então conta histórias para os outros meninos. Além de ler, desenha muito bem e é muito talentoso, não gosta da vida que leva, assim como "Pirulito" um menino com vocação sacerdotal, que sonha servir a Deus e tornar-se Padre.Outro que ao meu ver, marca o enredo, é sem-pernas. Um garoto deficiente, sem os movimentos de uma perna , carente de afeto, e portanto o mais violento do grupo. Sem-pernas marca o livro, em um capítulo onde executa o que sabe fazer de melhor: fingir-se inocente e abandonado, uma pobre criança defeituosa perdida no mundo, fanzendo com que familias ricas lhe dêem abrigo e comida, para poder demarcar a casa, e depois dizer ao grupo onde ficam os objetos de valor, e assim, armar um roubo. Porem, em umas dessas armações, sem-pernas encontra uma boa família, que perdeu um filho da mesma idade que ele, e diferente de todas as outras familias que lhe deram abrigo, esta o tem como filho , dando o tal carinho que ele nunca havia tido, segue-se um dilema em que o menino não sabe se é pior trair o grupo ou trair a mãe que nunca teve. (comentário pessoal, chorei muito nesse capítulo que é, muito triste.)

Ao desenrolar do enredo, as personagens crescem, aparecem novos capitães, alguns seguem outro rumo, e alguns morrem.
Creio que seja um dos melhores livros de literatura brasileira, e que não é a toa que está na lista dos melhores vestibulares. O livro causa impacto no leitor, que tem uma visão interna de um problema descrito nos anos 30, mas que é muito atual. Jorge Amado chegou a conversar e passar alguns dias entre jovens abandonados para poder escrever o livro. Valendo mais ainda as informações nele contidas, porque além de literatura e "estória" temos uma "história" que continua a estender-se ao longo dos séculos e presente nos dias de hoje.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Indústria da fome;

Sabemos que apesar da melhoria em nosso país, que agora garante mais alimento sobre a mesa das famílias, ainda temos muito o que melhorar, afinal os índices da fome são visíveis onde quer que você viva.Não é cabível á mim, dizer sobre o que não sei, por isso procuro sempre uma fonte segura, ou mesmo ver os fatos antes de escrever sobre. Mas, algumas cenas de miséria já são um "retrato" em nosso meio, que chegamos muitas vezes a não perceber e passar batido.
Uma pesquisa feita pela BBC(pesquisa sobre Políticas Alimentares), mostrou que o Brasil esta resolvendo o problema da fome e da miséria, tendo já resolvido a metade. Na década de 80, o Brasil pontuava 10,43 num ranking, sendo zero a melhor pontuação. Em 2003 a mesma pesquisa com familias brasileiras, mostrou uma melhoria pontuando 5,43 , ou seja, metade do problema resolvido. Especialistas afirmam que grande parte dessa melhoria, é devido ao Bolsa-Familia, que pode nos parecer pouca esmola, mas para quem ganha menos ou um salário minimo, já é de grande ajuda. Um projeto que vem ocorrendo intensivamente no governo Lula.
Mas, mesmo caminhando rumo ao combate, ainda temos muito que caminhar. E agora vou falar do que vejo, e não dos dados do IBGE+BBC; Pelo menos onde moro, Francisco Morato, um município de São Paulo, ainda é possivel ver a desigualdade frente a frente. Minha mãe é funcionaria pública, trabalha em uma escola, e fui convidada a fazer um trabalho social na semana do dia das crianças, apenas para pintar rostinhos inocentes e dar-lhes um pouco de alegria. Porém não foi bem isso que vi.É um bairro humilde, o da escola. Mais da metade daquelas crianças não tem bem o que vestir ou o que comer em suas casas, e boa parte delas conta com a escola nem tanto para o aprendizado, mas para matar a fome. É possivel ver no rosto de uma criança que ela tem fome, porque as crianças diferente de nós, não controlam suas necessidades. Vi crianças que olhavam para a cozinha, ansiosas. E que na hora do almoço, serviam-se uma, duas, e ate tres vezes. Achei curioso, já que em outras escolas onde trabalhei, elas mal sentavam a mesa. Me informei, e soube que aqueles alunos, contavam praticamente ou apenas, com aquela refeição pelo dia. Ouvi algumas histórias tristes, uma criança com o pai inválido e a mãe que o tratava sem poder trabalhar, outras sem geladeira, uma que a mãe morreu repentinamente de AVC e deixou um pai pertubado com 4 crianças, tipicos casos do descaso social. Mas não só nas escolas, nos bairros, nas casinhas, nas ruas. É possivel ver a fome.
Então lembrei de um fato que me revolta muito. Trabalhei ano passado numa creche e pré-escola, também com alguns alunos pobres nessas situações, porém o nível era mais baixo em relação a fome. E por vezes, ví, que na cozinha eram feitas panelas enormes de comida todos os dias, e todos os dias iam pro lixo, mais da metade dessa comida. Uma vez ainda, os alunos foram dispensados horas antes do almoço, e toda a comida, fresquinha e quente, foi pro lixo. Perguntei pra minha mãe o porque não doar para os alunos mais pobres, e até mesmo para pessoas dali daquela rua para não disperdiçar daquela forma. E ela me disse, que o Governo, não permitia, e me mostrou as câmeras de segurança, onde registram tudo, e onde é crime doar comida. Achei um absurdo, principalmente por cair minha ficha, de que se ali, numa pequena escola infantil de 200 alunos era disperdiçado todo aquele alimento bom, imaginem em escolas estaduais onde é feito até 10 vezes mais comida, e onde com certeza 10 vezes mais comida vai para o lixo, ou para os porcos das chácaras dos arredores.
Falo de onde vivo porque é onde posso ver, o Governo do estado de SP, não permite que os próprios alunos que necessitam, levem a comida que vai ir para o lixo. Andamos pelas ruas, vendo pessoas jogadas, umas por escolha, outras pelo acaso do descaso, muitas não vemos, por já nos parecer comum. E se fosse possível que pelo menos esse alimento desperdiçado pudesse ir para quem precisa, teríamos talvez pouco (acho que nem tão pouco) mas teríamos algum resultado. Agora me diga você, se um Governo não apoia isso e ainda recrimina um funcionário que tente ajudar, se esse governo prefere jogar no lixo ao dar a quem precisa, será mesmo que esse governo, manteria a única coisa que tem dado resultados quanto aos índices da fome, mantendo o Bolsa-Familia? Em campanha eleitoral, eles nos dizem que sim, e que ainda vão melhorar o projeto. Mas, históricamente os fatos, não mostram bem isso. Mas, os próprios desfavorecidos não se interessam em saber de onde vem o descaso, e de onde veio a pouca mas confirmada melhoria. E os outros que sabem, preferem olhar para suas mesas fartas e fingir que ali na esquina, não viram alguém de barriga vazia.

sábado, 16 de outubro de 2010

O Cortiço;

Entre todos da lista do vestibular, creio que este seja o mais divertido e mais curioso de ler.O Cortiço, é um romance de Aluísio Azevedo, que foi lançado em 1890, marcando o Naturalismo Brasileiro. Dramático em alguns capítulos, cômico em outros.
É divertido e curioso, já que temos uma grande movimentação de personagens ao longo do enredo, e estes são muitos. Quase todos representando um tipo psicológico, um tipo social, lavadeiras, policias, capoeiras, a elite, os caixeiros trabalhadores de uma pedreira...
Mas, entre esses tipos, que movimentam-se ao longo da história, temos as personagens principais, que também tem por trás da personagem em si, um tipo psicológico:
João Romão, é o dono do cortiço e da pedreira. Ele representa o capitalismo, a exploração.
Bertoleza: É uma negra escrava fugitiva, quitandeira e que vai juntar-se á João Romão, pra quem vai trabalhar muito, para no fim das contas não levar nada.
Miranda: É um comerciante Português, casado com D. Estela, a quem odeia profundamente, e ela o odeia também. Porém, ele aburguesado,continua ao lado da esposa odiada, já que a riqueza que possuí, na verdade é dela. Tem um sobrado ao lado do cortiço.
Jerônimo: Português, trabalhador da pedreira de João Romão, e morador do Cortiço, representa a disciplina , até conhecer o jeito "brasileiro" de ser.
Rita Baiana: mulata sensual de sangue quente, lavadeira e moradora do cortiço, representa a mulher brasileira. E a perdição de Jerônimo.
Piedade: o nome já diz muito, já que boa parte da história é o sentimento que temos por esta, piedade. É mulher de Jerônimo, portuguesa também.Representa a mulher Europeia.
Capoeira Firmo: mulato amante de Rita Baiana, representa um tipo brasileiro.
Essas são as personagens principais, porém em minha opinião, a história é bem distribuída pra tantos personagens, que até esquecemos que existem alguns principais. Vai ser difícil resumir a história, exatamente por ter tantas personagens e ser tão movimentada, então irei resumir pouca coisa, dos capítulos que mais gostei.
O nome do livro o resume bem, O Cortiço. Logo vem na mente, um lugar cheio de casinhas amontoadas, pouca privacidade e grande coletividade. E é exatamente isso. Um pátio onde todos conversam sobre todos, onde todos vêem a vida dos outros, onde festejam juntos e onde acontecem as brigas. Isso, é uma tese Naturalista, expor o ambiente. Onde podemos analizar as consequências e comportamentos das pessoas em relação ao meio em que vivem. Outra marca do Naturalismo, é a forma em que a história é narrada, onde o narrador fica em terceira pessoa onisciente, ou seja, ele sabe de tudo o que acontece, ele conhece os desejos das personagens, comenta sobre elas, julga, e até tenta provar de forma científica, alguns de seus comportamentos. O zoomorfismo também aparece, sendo uma forma de comparar as personagens com animais, essa característica fica bem acentuada em relação a promiscuidade das personagens, e a forma em que os desejos sexuais tornam-se instintos primitivos, necessidade, e o amor, bom o amor fica para trás, dando lugar a paixões ardentes.
Miranda odeia sua mulher, D. Estela, e ela o odeia, ela o trai, ele sabe. Porém, ele por necessidade e por prazer um tanto animal, costuma fazer visitas ao quarto dela a noite, sem nada dizer quando entra, e sem nada dizer quando sai depois de satisfeito, ela promiscua que é, nada reclama. Eles habitam um sobrado ao lado do cortiço, vivem bem e Miranda chega até a ser Barão. Já ao lado, João Romão mantém um cortiço, onde vivem muitos de seus trabalhadores da pedreira. João Romão é largado apesar do dinheiro, por ser avarento. Tem mau caráter, engana a pobre Bertoleza, que é escrava fugitiva, dizendo que assina sua liberdade se esta ao seu lado ficar, ela achando que teria um marido, logo tem outro dono, e trabalha maquinalmente para que este fique mais rico. No cortiço, além do trabalhores de João Romão, estão as lavadeiras, que marcam presença na história. São mulheres brasileiras, portuguesas, italianas, trabalhadoras, fuxiqueiras, justiceiras, algumas mães solteiras, outras com maridos ingratos e alcoolatras, os "ébrios" em sua embriagues também aparecem muito, mostrando no álcool um refugio daquela vida difícil. Muitas mulheres engravidam com um filho no colo, e um ao pé correndo. Muitas perdem os filhos por conta da vida corrida, deixando que vivam soltos demais. Em meio a toda essa bagunça em que as personagens são comparadas a vermes, que só comem e se procriam, vive Pombinha, a personagem doce, meiga pura, que espera aos 18 sua primeira menstruação para que se torne mulher e possa se casar. Todos no cortiço sabem, e todos os dias as personagens perguntam a mãe de Pombinha a D. Isabel " e então, já veio?" numa amostra de que ali, todos sabem da vida de todos. Pombinha casta e decente, é amiga de Léonie, uma francesa "cocote" (prostituta), e a visita algumas vezes, até que Léonie, a seduz, e Pombinha tem sua primeira relação sexual com Léonie. Dia seguinte Pombinha torna-se mulher de fato, e até chega a se casar, porem, por ser a escrivã do cortiço, onde ela escrevia cartas ditadas de seus vizinhos, ela conhece os pensamentos masculinos, Pombinha percebe que os homens são figuras desprezíveis, que costumam dar valor a mulheres sem escrúpulos, e que por trás de todo o sexo forte, esconde-se o sexo frágil de pequenas figuras irracionais, mais uma vez, o zoomorfismo. Então, ela começa a trair seu marido, torna-se lésbica amante de Léonie, e vira prostitua também. Enquanto no cortiço, Jerônimo prova a tese de Pombinha em relação aos homens, larga sua devota esposa Piedade, torna-se amante de Rita Baiana, quase morre por conta de uma briga com o amante da mulata, depois o mata, larga a esposa e a filha ao Deus dará, e junta-se com Rita, logo torna-se alcoolatra, preguiçoso, e infeliz, tendo apenas o sexo da mulata e a cega paixão. Ao final, João Romão interessado na filha do vizinho burguês e encantado com o titulo de Barão que aquele tem, começa a usufruir do dinheiro que conseguiu explorando os trabalhadores e moradores do cortiço, veste-se bem, come bem, e quando esta tão burgês quanto o invejado vizinho, percebe que a negra Bertoleza, a quem outrora colocou dentro de sua casa como escrava até mesmo de sua cama, agora irá lhe atrapalhar com o futuro casamento. Então planeja mata-la, porem fracassa, tenta convencer ela a se contentar com uma nova quitanda e algum dinheiro, porem esta deseja dignidade e futuro para sua velhice. Então, João Romão junto de um cúmplice, lembra-se de que ela ainda é escrava fugida, já que ele a enganou com uma falsa carta de alforia. Ele procura o dono de Bertoleza, diz onde ela se encontra e ele vai busca-la. Bertoleza ao ver seu Dono , tenta fugir sem sucesso, e então, com a faca que limpava alguns peixes para cozinhar, abre a barriga de lado a lado, caindo morta em demonstração de preferir a morte ao voltar a escravidão. E ela morre em vão, porque minutos depois de sua morte, uma comissão abolicionista chega. ( o livro acaba ai, e eu sinceramente não gostei do fim.)
Festas com muita comida e bebida apesar da vida pobre, muitas fofocas, muito trabalho, muita briga, muito sexo, muita polêmica, incêndios, mortes.
Esses são temas abordados, onde o tempo todo o narrador compara as personagens a animais, e os espaços são divididos, de um lado o cortiço e seus pobres moradores pobres. Do outro, os burgueses estrangeiros, esbanjando riqueza e falta de ânimo, a então desigualdade social também fica marcada no livro de Aluísio Azevedo.

System Of A Down - Boom!

domingo, 10 de outubro de 2010

Um dia são todos, todos são um;

Desembarquei na estação de costume, porém ela estava diferente.
A violência das gotas d'água contra um pequeno guarda-chuva, faziam tudo mais frio e solitário.
Meu corpo já estaria molhado em poucos segundos, mas minha alma mantinha-se indiferente.
Uma noite fria ou quente, molhada ou não, seria uma noite igual a todas as outras, caminhar comigo mesma já é uma rotina.
O elevador me pareceu particularmente mais lento.
Eu chego e me sento sozinha, minha compania é um livro, um caderno e uma caneta. As outras pessoas me parecem estranhas e inascecíveis.
Intervalo, as pessoas conversam animadas mesmo com o tempo ruim; Eu não, eu me sento em algum canto e fujo dos olhares presentes;
Sempre alguém me pergunta, porque estou triste; Não é tristeza, é só preocupação.
Acostumar-se ao silêncio foi tão fácil, que agora só vivo nele.
Tudo termina como começa, exceto que aprendi algo novo, e meus cabelos estão despenteados.
Embarco na mesma estação onde desembarco todos os dias, mas ela costuma estar seca;
Alguém resolve me acompanhar, mas não sei mais ser acompanhada, ralhei com a compania, não me calo diante de comentários inúteis, me incomodo.
São pessoas que defendem pontos de vista, sem ao menos terem idéia de como se forma uma opinião, são pessoas que elegem lideres como elegem reality shows ... são as pessoas que estão me cercando na estação. Todas falando, todas não dizendo nada.
Uma borboleta esta pousada em meio a uma multidão de pessoas vazias, ela não consegue voar; Meus sentimentos por ela são maiores do que por toda essa gente, porque ela, ela é pura. Caminho até ela, e a pego para coloca-la em algum lugar seguro, termino satisfeita, ela ali está salva. Toda aquela gente me olha estranho, para eles mais normal seria, se eu esmagasse a pobre, ele costumam esmagar-se uns aos outros.
Embarco novamente, me sento novamente, e da janela ainda posso ve-la. Ela bateu asas , mas não voou, ela partiu.
Eu abro meu livro enquanto eles falam de tudo sem conseguir falar de nada, falam de músicas com um estrondoso barulho que nada me passa, falam de programas de TV que nada me acrescentem, falam de política como se julgar a vida pessoal de tais, fosse o bastante, eles só falam, mas a boca abre e fecha sem que o cérebro possa trabalhar.
Eles são diferentes de mim apesar da semelhança. Eu sempre preferi os animais. Eles se comportam como animais, mas os animais comportam-se diferente deles.
Não é a classe social, nem a falta de alguma coisa, eu tenho tão pouco, mas tenho tudo. Talvez só me falte a compania, talvez eu ainda não precise.
Desembarco na minha estrada, meu caminho de sempre parece sempre estranho.
Mas agora eu estou em casa, são cinco dias descritos em um, não faz diferença, os cinco e um são exatamente iguais, exceto que em um eu vi a chuva.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Iracema

De prévio aviso expresso minha opinião: até agora foi o livro mais curto e mais chatinho de ler da lista de obras literárias da fuvest.
Curto, é um livro de poucas páginas, eu li em poucas horas, porém é cansativo, já que é um romance indianista, onde praticamente todas as personagens são indígenas e muitas palavras também. É ai que fica a chatice, já que ao rodapé das páginas ficam as traduções das palavras que são muitas, e a leitura acaba ficando por etapas; Mas tem o lado bacana disso, aprender um pouco sobre as nossas raízes.
Iracema, é um romance brasileiro escrito por José de Alencar, em 1865, e conta a história do Ceará, terra natal do autor. O romance é tipicamente "impossível", entre uma índia e um branco. Iracema e Martim. Na história Iracema representa a natureza, e pureza, E Martim, representa a civilização, os Europeus de seu nome Martim, uma referência ao Deus romano da Guerra, Marte.
Martim, chega em uma jangada, quando ouve o nome de "Iracema", ela está se banhando e ele chega, ela então o acerta com uma flecha e o machuca... e segue a frase:
"sofreu mais da alma que da ferida"
Para mim, essa frase classifica bem a obra no romantismo, mostrando que a flecha da mulher então amada, o dói mais na alma do que de fato por dor física.
Ela se arrepende e o leva para sua aldeia, logo Martim fica amigo da tribo de Iracema, onde ele é bem recebido e o Pajé diz que ele foi trazido por Tupã, que é reverenciado pelos indígenas durante todo o enredo. Martim, pode ter todas as mulheres da aldeia para o servir, porém ele deseja Iracema, e esta, a virgem dos lábios de mel e dos cabelos mais negros que a ave da graúna, diz que não pode, e explica que deve permanecer virgem, ela carrega o segredo da tribo, ela prepara a bebida alucinógena que os índios usam em rituais. E exatamente por conta dessa bebida, Iracema e Martim, tem sua primeira noite de amor. Isso gera uma guerra entre as tribos, já que Iracema não podia ter e apaixonado por Martim, nem por nenhum outro homem. E então, Martim precisa ir embora, e ela o segue. Ele não tem consciência do que houve entre eles , já que estava sob efeito da bebida, e quando tenta se despedir dela, ela o revela que já não pode voltar, pois já é sua esposa.
(imaginem que coisa, transou tá casado!)
Eles fogem com a ajuda de um índio amigo de Martim, que o considera um irmão, Poti; Resolvem habitar as margens de um rio perto do Mocoripe ( morro de areia) - nessa parte eu tive a impressão de que fosse, as dunas de areia, e que ficasse próximo a alguma praia cearense, porém o livro diz que é um Rio ...
Após algum tempo morando ali, Martim fica deprimido. Apesar de ter sido feliz e amar Iracema, ele deixou uma família, uma noiva, e amigos em suas terras distantes, e começa a viver em alma, longe de Iracema; Em meio a essa tristeza, Iracema está grávida, e Martim parte com Poti para uma batalha, já que agora é um guerreiro. Martim demora muito a voltar, Iracema da a luz a seu filho, que batiza Moacir (filho da dor), ela esta adoecendo de tristeza por saudades de seu amado, o tempo passa, ela adoece mais, já não tem leite para dar ao filho, pois suas lágrimas são tantas que o secam. Já sem esperanças, Iracema senta-se com o filho a porta, e desfalece. Martim e Poti finalmente chegam, a tempo de que Iracema apresente o filho ao pai, e este veja o sofrimento que causou a esposa, que logo em seguida morre.
Martim a enterra debaixo de um coqueiro, "e foi assim que um dia veio a chamar-se Ceará o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio".
As personagens ai, resprentam alegoria para a formação do povo brasileiro que é representado pelo filho do casal, Moacir, que nasce da junção de uma nativa com um europeu. A obra é escrita em prosa, um romance poético, histórico-indianista ou mitopoética, ressaltando a lenda, a narrativa, a poesia, o heroísmo, o lirismo, a história, o mito.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O ciclo das crises capitalistas

Antes de entender uma crise, é preciso que se entenda o capitalismo. Uma coisa incoerente que ainda há quem defenda. Capitalismo, que também é chamado de sistema politico-econômico ocidental, ou ainda pela ironia da palavra, liberalismo. É controlado por meios de produção privadas com fins lucrativos, e acumulação de capital. Mas vamos a prática.

O capitalismo gera um ciclo, um ciclo de constantes quedas, e subidas. Onde alguém cria um produto,( exemplo um telefone celular)que de início é caro e poucos tem acesso, mas logo fica barato e a população em maioria adquire, e quando todos já tem, ninguém mais compra, e o produto cai. Novamente é formulado um celular, agora, um mais moderno, que inicia caro, barateia, todos compram, e caem as vendas.... assim, sucede-se o ciclo;

Porém em 1929, o ciclo teve um fim trágico, e a bolsa de valores teve uma quebra gerando uma das maiores crises economicas da história.
Bolsa de Valores ... da forma mais simples, é um banco gigantesco. Onde que tem dinheiro (dinheiro em alta quantidade...) investe,( no Brasil investimentos assim ocorrem na Petrobras, onde você compra ações, dá uma grande quantidade em dinheiro, recebe um "papel" (documento) em troca, seu dinheiro fica sendo investido, e com esse capital eles investem no Petróleo. Porem, é uma operação arriscada (ver comercial da petrobras), já que diferente de um Banco comum, onde você investe seu capital e se algo der errado você é indenizado com seu dinheiro de volta, esse tipo de aplicação se por ventura der errado, você perde seu capital. Porem, quando algo assim vai dar errado, geralmente eles avisam antes, e quem for esperto, pega seu "papel" e troca pelo capital que investiu, sendo assim, a maioria retira seu dinheiro da empresa, essa perde o capital de giro, não tem como investir , e a bolsa, quebra).E foi justamente isso que houve em 1929; Mas a Petrobrás foi só exemplo, isso ocorreu nos EUA.
Devido ao capitalismo, as indústrias estadunienses produziram um excesso de mercadorias, que o povo já possuía, e não iria dar conta de comprar, logo começaram a exportar tais produtos. Isso, ocorreu logo após a primeira guerra mundial, onde a Europa estava devastada por ser o palco da guerra, e importava portanto, dos EUA , já que suas indústrias estavam devastadas, assim, os EUA começaram a produzir muito, vender muito, e gerar muito emprego. Mas, a Europa começou a se recuperar e diminuir as importações, e os EUA sofreu a super produção, não tinham para quem vender, e havia mais produto do que consumidor. Alguns outros países ainda importavam seus produtos.Porem os países que compravam paravam as importações, por estar á vista uma crise, e como forma de segurança, parar de comprar de fora e investir no PIB nacional era uma saída pra manter-se longe da crise. Sendo assim, os EUA quebraram com produtos que não tinham mais vendas. Muitos acionistas perderam todo seu dinheiro da noite para o dia. E uma população que antes tinha tudo, já não tinha mais nada. Todas as lojas fecharam por falta de dinheiro, os bancos estavam as minguas e a população toda desempregada. Imagine você acordar, não ter dinheiro, emprego e ver as ruas desertas, ou cheias de pessoas desesperadas ao procurar assistência social;
Mantinha-se bem a Rússia, por ser um país socialista, fechada para o mundo capitalista. Que não sofre o ciclo capitalista, e investe só no produto interno bruto.
O presidente dos EUA Roosevelt, adotou uma medida de um economista chamado Keynes, que teve uma obra economica clássica. Investir em obras publicas, e gerar empregos. Porem, como fazer isso em um país falido ? Todo país tem suas economias, seu capital acumulado pelos impostos do capitalismo. E foi justamente essa a ideia de Keynes: investir em obras publicas através do capital acumulado, e pagar um salário desemprego para quem não tivesse como trabalhar nas obras publicas, assim, o povo teria dinheiro, iria comprar, e sairiam da crise. De inicio Roosevelt não adotou a medida, pq um país capitalista não mexe no próprio bolso, mas logo teve que adotar a ideia, ou as coisas iriam piorar. Assim, o país saiu da crise de 1929; Mas, muitos países foram afetados, já que EUA é asim como a Rússia uma das maiores potências. E alguns países afetados, sofreram com regimes de extrema-direita,os nazistas, comandados por Adolf Hitler na Alemanha, e Mussolini, na Itália.A crise teve seu fim marcado pelo inicio da segunda guerra mundial, que para não dizer que a Rússia venceu sozinha ( pq será heim?!), colocamos ai os outros integrantes do Eixo:EUa, Japão, China ,França,Canadá e Grã-Bretanha.
O Brasil não sofreu praticamente nada com a crise de 1929, nesse período o país produzia praticamente só café. Mas Getúlio Vargas, queimou todo o café produzido, pagou os cafeicultores, para que esses pudessem investir em indústrias, assim o pais iria produzir bens de consumo sem precisar importar. E de onde ele tirou tanto dinheiro, pra queimar café e pagar o povo ? Ele simplesmente mandou "fabricar papel moeda" ...
Essa foi a mesma medida tomada por Barack Obama, em 2008/2009; Os EUA mais uma vez enfrentava uma crise, e mandou imprimir alguns trilhões de doláres, investindo em indústrias que os salvariam mais tarde dessa crise. O Brasil mais um vez não sofreu, como medida, o governo retirou os impostos de alguns produtos, (exemplo os eletrodomesticos linha branca) diminuindo o valor, e fazendo o povo consumir mais, e as indústrias, produzirem mais, essa medida, ajudou a população brasileira a não passar pela crise, e somente o governo perdeu um pouco com isso, já que não lucravam com os impostos, e não acumulavam capital. Nos tornamos referencia, e alguns países chegaram a perguntar para o nosso presidente, o que ele havia feito.


"Ela (a crise) é conseqüência da crença cega na capacidade de auto-regulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as atividades de agentes financeiros. Por muitos anos especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes. Todos estamos pagando por essa aventura. Esse sistema ruiu como um castelo de cartas e com ele veio abaixo a fé dogmática no princípio da não intervenção do Estado na economia. Muitos dos que antes abominavam um maior papel do Estado na economia passaram a pedir desesperadamente sua ajuda." Lula.

E assim vamos de crises em crises, vivendo o cego capitalismo. E ainda sou obrigada a ouvir pessoas que dizem que o "socialismo" é algo "falido"; A Rússia que o diga.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E você, vai apertar a tecla da indiferença?

Em abril de 1984, pessoas iam as ruas de São Paulo em busca de um direito de escolha. O movimento "Diretas Já", triunfou depois de muita censura, ergueu a bandeira da democracia livrando a população de um Regime Militar. E o que um dia foi um sonho realizado por uma luta, hoje é um picadeiro. A democracia tornou-se, uma grande amostra de inconsciência.
Lançada um ano antes, em 1983, a ideia do movimento pelas eleições diretas veio de Teotônio Vilela. A primeira manifestação ocorreu em Pernambuco, organizada pelo PMDB. Seguiram-se manifestos em Goiânia, Curitiba, São Paulo etc; Mas a repressão era grande, direito de expressão era praticamente inexistente, pra não falar da violência que sofriam aqueles que buscavam seus ideais.
Mas mesmo em meio a uma luta que por muito tempo pareceu vencida, as manifestações ganharam forças, até que no ano seguinte 1984, o movimento cresceu e teve enfim forças para uma grande mobilização. São Paulo, 16 de abril 1,5 milhão de pessoas caminhavam da Praça da Sé até o Vale do Anhangabaú, todos ali para apoiar uma caminhada rumo a redemocratização do País . Essa foi a maior manifestação pública da história nacional.
O povo descontente com o regime Militar,juntava-se a estudantes, lideranças sindicais, civis, artísticas e jornalisticas, e também contava com ilustres personalidades. Liderados por Tancredo Neves, Franco Montouro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Pedro Simon, e nosso atual presidente, Luis Inácio Lula da Silva.
O militarismo, via-se ameaçado a perder o poder de uma hora para outra, e começou então a lançar medidas estratégicas contra o povo.Em 25 de abril de 1985, era votada a emenda das eleições diretas, que perdeu, já que 112 políticos aliados ao regime, não compareceram ao plenário da Câmara dos Deputados no dia das votações,uma bela manobra que derrotou a emenda por não alcançar o número mínimo de votos. João Figueiredo, o então presidente, aumentava a censura a imprensa, e ordenava prisões. Alguns célebres nomes da politica atual, atuavam em meio a ditadura naquele tempo, um deles Paulo Maluff (um deles, pq falar todos é deprimente).
Mas mesmo a Emenda de Dante Oliveira tendo sido rejeitada em uma votação manobrista, o movimento das diretas já conseguiu a redemocratização, o poder civil volta em 1985, Tancredo Neves vence para presidente no Colégio Eleitoral,e é aprovada em 1988 uma Constituição Federal, para as eleições democraticas de 1989, que viriam a eleger nada mais nada menos que "Fernando Collor de Mello"; A primeira amostra de que o povo, vendo a oportunidade de votar, começava uma caminhada que iria se estender até hoje: votar no mais bonito (o que houve com Collor) votar no mais famoso, votar no mais rico e diplomático, sem nunca ter consciência de que, 4 anos não são 4 dias.
Entra ano e sai ano, e o povo continua nessa jornada rumo ao nada, elegendo e reelegendo personalidades que ai, nesse resumo histórico, já apareciam. Alguns como manifestantes, alguns como repressores, um ciclo interminável, de políticos que retém o poder a anos, sem nunca cumprir as "tais promessas" que fazem com que alguns, desprovidos de conhecimento e memória, dêem seus votos (ou vendam ... ).Vemos um partido conservador, que a 16 anos deveria ser responsável pela educação brasileira, e ao invés disso, é responsável por milhares de cidadãos serem aprovados no ensino médio, com nível de ensino primário. Cabível, para manter-se no poder, é necessário manter um povo sem conhecimento, e sem expectativas, muitos hoje levantam da cama, e não sabem ao menos para que. Mas ao invés de o povo ver isso, o povo reclama de um presidente "analfabeto", que lhes deu o pro uni, aumentou seus respectivos salários que até então, numa era "FHC", com certeza não daria a oportunidade de um operador de tele marketing comprar um "nike", mal dava-se para viver, e sobrevivencia seria a palavra. Todo cidadão que se preze sabe o que significou a era FHC (Fernando Henrique Cardoso para quem não souber). Agora, responda-me ai vc, qual é mesmo o partido dele, que tanto fez pelo País?
Pois reclamar de um PT morno, é mais fácil do que lembrar-se de um PSDB devastador. Devastador para você que assim como eu não ganha 10,000 reais por mês e espera conseguir prosperar na vida.
E o que me revolta? Além de ver o picadeiro eleger palhaço para Deputado Federal como "protesto", é eleger para um segundo turno um sucessor de FHC dentre tantos outros do mesmo partido que só tendem a nos voltar para um passado nada glorioso, é ver meu vizinho que nasceu pobre, votar num partido que apoia a classe média para alta, e dizer que não prosperou nos últimos anos, e olhar para a casa dele, ver que aumentou uns 8 cômodos totalmente acabados, ver que ele comprou dois terrenos, dois caminhões e tem uma família que come e tem oportunidades, e que não se recorda, de que um dia, não teve condições de nada disso, batendo no peito e dizendo "voto pela mudança, voto pra prosperar" . Não poderia eu, esperar outro pensamento de alguém que elege um partido como o PSDB, que já retém seu poder em seu "mundinho" mas descontente com isso, anseia conquistar o que poderia ser, de quem ainda nada tem.
O País reclama de falta de opções, mas só esse ano teve duas boas novas opções para Presidência da Republica, porem esses, minoria dos votos, mostra que a população reclama, mas persiste no erro. E não contentes em mostrar sua falta de conhecimento em um turno, o povo precisa de dois!
Agora, é torcer para que o país não piore mudando para um governo, que está na lista dos piores da história nacional, e torcer mais ainda, para que se mantenha caminhando devagar, porque antes devagar, do que estacionados para aqueles que tem menores condições; E assim vamos, um dia caminhamos rumo ao progresso, hoje, caminhos rumo as piadas.




Nota: o fato de FHC estar no manifesto das Diretas Já não o torna um politico melhor, já que, muitos só participaram da manisfetação por interesses próprios ;)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Memórias de um Sargento de Milícias;

Um romance um tanto quanto diferente, escrito por Manuel Antônio de Almeida e que foi publicado como folhetim no Correio Mercantil, de 1852 a 1853 anonimamente; O livro veio a ser publicado em 1854, um ano depois, e no lugar do autor apenas constava "um brasileiro". Tal brasileiro de origem humilde, deixa claro que isso muito contribuiu no desenvolvimento de sua obra, que se passa em ambiente de classe média para baixa.
A história se passa no Rio de Janeiro em meados do século XIX, e apesar de classificada no romantismo, a obra foge dos padrões românticos o tempo todo, contrariando a idealização do amor em alguns trechos, não idealizando a mulher e entregando humor e ironia ao leitor a cada página. O que deveria ser o 'herói' romântico do enredo, mostra-se vagabundo e desordeiro desde o primeiro dia em que chega ao mundo. Leonardinho (Leonardo) que recebe o nome do pai, Leonardo-pataca , que com alguns beliscões seguidos de umas "pisadelas" conquista Maria da feira (ou das hortaliças) e desse relacionamento nasce o tal futuro sargento de milícias. Os personagens em maioria, recebem um apelido seguido do nome, ou nem ao menos recebem nome sendo só vulgo. Como é o caso da "Comadre" , que aparece na história do começo ao fim, sem que em nenhum momento o autor lhe cite o nome, são estas personagens alegorias, representações simbólicas. Isso acontece com outros personagens.
Foi publicado em folhetim, ou seja, uma espécie de "novela escrita" da época, onde o autor publicava contos em capítulos separados, sempre com um final de suspense para prender o leitor, além do que, anonimante, Manuel Antônio de Almeida não assinava, e quando foi publicado na versão de um livro, um ano após o folhetim, o autor assina a obra como "um brasileiro" o que na minha opinião não deixa de ser anonimato.
Como já citei, é diferente de outros romances, já começando pelo casal português que no navio em rumo ao Rio de Janeiro, se apaixonam de uma forma não muito convencional, onde ele a "belisca" e ela corresponde com uma "pisadela" (pisar...pisar gente), e são desses beliscões e pisadelas que nasce o "herói" da obra, Leonardo. (em particular, no inicio me confundi bastante entre o Leonardo pai e o Leonardo principal, filho) este que é nosso alvo romântico, só mostra tal romantismo em poucas páginas, sendo praticamente todas as outras, obras de suas vadiagens e peripécias, desde de muito menino, este já se mostra inquieto e desordeiro, o que o salva de não ser de completo um vagabundo, é seu padrinho, que logo o adota, já que Maria da feira trai Leonardo pataca (o pai) e estes se separam abandonando o Leonardinho. O grande palco das arruaças de Leonardinho, é a Sé, onde seu padrinho (O barbeiro, que também não tem nome ...) o coloca para estudar e tornar-se um dia Padre, porém o garoto espirituoso apronta até ser posto dali para fora.
Assim, Leonardinho torna-se Leonardo, que mesmo moço não deixa os hábitos duvidosos, uma característica da obra, tendo personagens planos, ou seja, personagens que não mudam ao longo da história. Porém , em certo momento Leonardo mostra-se digno de ser o herói do romance, quando se apaixona primeiramente por Luisinha, a quem chega até a se declarar, mas no meio do caminho, tornam suas arruaças a aparecer, o fazendo ser sempre perseguido pelo Major Vidigal, personagem que representa a ordem local; Leonardo também se apaixona uma segunda vez, esta por uma moça ao oposto de Luisinha, mulata sensual e cheia de pretendentes para fazer concorrência com Leonardo. Ele a ganha, porém a perde por uma aventura com uma personagem que aparece muito rápido na história, e que nem nome nem apelido ganha, esta apenas era a mulher do "toma largura" que era outro que nome não tinha.
Sem Luisinha, (esta se casa com um dos vilões da história, José Manuel) e sem a mulata Vidinha, Leonardo torna as suas arruaças, até ser preso pelo Major Vidigal. Este que nota que o rapaz é muito ligeiro, o coloca em um cargo militar, logo Leonardo faz parte da guarda militar de que outrora fugia. Mas, Leonardo não se emenda, e volta aprontar até mesmo em sua função militar, sendo assim castigado algumas vezes. Quando o vilão José Manuel, morre, Luisinha que sofrera muito no casamento com este e sentia falta de Leonardo, fica viúva e livre, entram em ação as personagens dona Maria sua tia, a comadre, e Maria-regalada (sim, muitas marias...) que salvam Leonardo do castigo mais cruel que o Major Vidigal o iria aplicar por tais desordens, para que Leonardo fique livre e com Luisinha. Ai, no fim do enredo, o romance tradicional aparece,e enfim, Leonardo se casa com sua amada Luisinha, na Sé, mesmo local onde tantas coisas aprontou.
"Já naquele tempo (e dizem que é defeito do nosso) o empenho, o compadresco, eram uma mola real de todo movimento social;"
Gosto desse trecho e concordo com ele, é defeito do nosso tempo que alguns alcancem certas coisas apenas por "compadrio". E nesse trecho o autor deixa clara outra característica da obra, a "verossimilhança", relação ambígua entre imagem e idéia. Onde o autor faz algumas criticas sociais.Outro exemplo, onde o autor faz uma critica a sua época, entre uma relação de um Padre com uma cigana:
"No mesmo instante viu aparecer o granadeiro trazendo pelo braço o Rev. Mestre-de-Cerimônias em ceroulas curtas e largas, de meias pretas, sapatos de fivela, e solidéu à cabeça. Apesar dos aparos em que se achavam, todos desataram a rir: só ele e a cigana choravam de envergonhados."
Faz parte a obra, o autor querer divertir o leitor com problemas sociais de sua época, não é usada a linguagem metafórica com idealização do amor, sendo em algumas partes o amor, ironizado; A obra é escrita no período literário classificado Romantismo, porem, não apresenta as características mais notáveis deste período.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Imagine, já dizia a canção;

Tudo muda a partir do momento que começamos a imaginar certas mudanças, talvez não de fato, porém invertendo um famoso ditado popular " o que os olhos vêem o coração sente...", automaticamente levando uma imagem a ser um fato, nem que este apenas venha a ser transmitido em uma única mente. O que hoje em dia não é raro, já que cada vez mais o pensamento individualista venha tomando grande espaço.
Ontem talvez você não haveria de pensar um minuto sequer nas imagens que formam paisagem no mundo, porém hoje você as vê, e surte o efeito magnífico. Sejam desde restaurantes, capas de livros, imagens publicitarias até símbolos que representem sociedades, tribos ou até mesmo em uma canção, a que temos bom exemplo John Lennon já nos dizia para imaginarmos, e então teríamos o mundo então desejado. Teoricamente surreal, praticamente possível, sendo cabível a cada um seus próprios limites.
Solução para alguns, pode se dizer que a imaginação tomou conta do então considerado real, onde vemos imagens sendo publicadas por veículos de comunicação, sendo o maior deles hoje, a Internet, onde até mesmo uma pessoa pode se promover através de uma imagem, distorcida ou não, de qualidade ou não, apenas afirmando que algumas embalagens não contém conteúdo algum.
O fato, é que muitas pessoas utilizão a imagem para refletir uma imaginação que logo menos se apresenta como fuga de uma realidade da qual não se da por contente. E ao invés de procurar uma solução real e alcançavél, procura refugiar-se no imaginário, levando-a ao pensamento individual, seja este de seu crescimento, seja este de sua alienação. Até mesmo nas telas do cinema ou nos livros, vemos personagens que procuram refúgio no imaginário de seu interior, uma busca pelo "eu". Uma das histórias da literatura infantil mais conhecidas do mundo, veio as telas este ano mostrando o quanto uma imaginação pode nos guardar, onde a famosa personagem de vestido azul e cabelos dourados, encanta milhares de pessoas enquanto "cai na toca de um coelho", e descobre um mundo mágico, a história parece clara e objetiva para uma criança que vê diretamente o mundo mágico por ter a imaginação peculiar de tal fase da vida, mas um adulto usando de sua imaginação pode notar que "Alice no país das Maravilhas" considera-se um bom exemplo de uma até então garotinha, que mesmo depois de moça, embarca toca do coelho abaixo quando vê seu mundo coberto de questões e problemas, fazendo então uso do refúgio imaginário para alcançar respostas, uma delas de que o impossível só seria possível se ela acreditasse possível ser.
Sendo assim, não é a toa que se diz, que para mudar o mundo, é preciso começar por dentro, mudando seus pensamentos, e imaginar com certeza é um bom começo para se pensar, não é preciso esquecer-se da realidade, basta que se tenha consciência de que o inconsciente muito tem a nos dizer.
*utilizando o esquema de redação dissertativa*

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Enxaqueca ;

Uma xícara de café
uma equação;
Ao invés de uma solução,
um problema.
Aumentam os sintomas e a dor predomina,
uma preocupação.
Nem de longe, o pior dia de minha vida;
um analgésico talvez de conta
ou apenas somatize até agravar;
Não é tristeza,
é só preocupação,
é só foco.
Exatamente por isso é que surge a dor;
não há como escolher o foco sem renunciar a distração...
e é na distração que se encontra o remédio.
Infelizmente não existe escolha sem renúncia,
pelo menos até que se alcance o objetivo.
Então, eu me ausento.

domingo, 19 de setembro de 2010

Coloque no canal 5 , divirta-se.

Não é muito natural que eu escreva dois posts em um dia, mas hoje, eu preciso por pra fora algumas coisas, e eu não tenho outra escolha, que não seja escrever ... isso me faz ter um pouco de pena de mim mesma.
Não posso confiar em ninguém, bom, ninguém também é um termo injusto, já que poucas pessoas, as que cabem nos dedos de uma mão, merecem confiança. Mas mesmo essas, são distântes demais.
Tudo bem, que o amor não dê certo, os seres humanos estão acostumados que não dê mesmo, mas quando você percebe que as amizades não dão certo, machuca bem mais.
Esse é o mal de conviver em grupo, geralmente todos são de personalidades parecidas, tem os mesmos atos impulsivos, e participam juntos de certas insanidades, porem, sempre um sai para propagar as possiveis noticias, posando de boa pessoa, exalando falso moralismo.
Falso, porque em um meio onde todos fazem as mesmas coisas, dizer que alguem esta sendo precipitado fica dificil.
Mas eu pouco me importaria com isso, eu nunca posei de Madre Tereza, e sempre deixei bem explicito que acho maravilhoso não ser divina. O que me choca, é não estar fazendo parte de nenhum clube do bolinha, e estar isolada a alguns meses estudando e SÓ, e mesmo assim, ter que ver ou ouvir absurdos dos quais eu estaria possivelmente participando, deveria ser em espirito, acho.
Mas tem pessoas que se divertem bastante desenterrando defuntos, e remoendo passado, lamento, porque acredito que para fazer isso é necessário haver um presente bastante tedioso, e uma vida bem mediocre e sem graça.
Como a minha vida parece muito supimpa e animada, deve ser prato cheio pra que cuidem dela bem de perto, alias minto, bem de longe, já que perto mesmo, ultimamente ninguém está. E começo a me a sentir até feliz com o silêncio do que me rodea, e adoraria, que não houvessem inconvenientes inúteis, só para me dizer no fim "como bom amigo que sou, só estou repassando o fato" ...
Fatos estes que geralmente não existem além da mente fértil de uma pobre pessoa sem uma televisão em casa, é o que dizem não é? Que pessoas alienadas se distraem muito bem com televisores.

20/09/2010

I've been roaming around
Always looking down at all I see
Painted faces, build the places I can't reach

You know that I could use somebody

Someone like you, and all you know, and how you speak
Countless lovers under cover of the street

You know that I could use somebody

Someone like you

Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep
Waging wars to shake the poet and the beat
I hope it's gonna make you notice


Someone like me
Someone like me, somebody

Someone like you, somebody


I've been roaming around,
Always looking down at all I see


(use somebody, kings of leon)




Enfim, 6 meses, enfim o fim .
Nem sempre é ruim, já que sempre significa apenas, um novo recomeço, um espaço que se fecha, para outro poder se abrir.
E é incrivel como tudo acontece entre os mesmos dias;




só lamento que tudo acabe com um simples "boa noite", e sim, eu vou alcançar meus objetivos, não tenho mais nada que distraia o foco.

sábado, 18 de setembro de 2010

Modelo Atômico !

Existem vários tipos de modelos atômicos, sobre como se acreditam ser suas estruturas. Mas o modelo aceito atualmente é o Modelo orbital (Modelo da mecânica quântica ou da mecânica ondulatória).
Átomo, que em grego quer dizer "indivisível", foi um termo que surgiu entre filosófos gregos, eles acreditavam que dividindo a matéria em pedaços, até ficarem cada vez menores ao ponto de serem invisíveis ao olho humano e sendo assim indivisíveis.
Os quatro modelos atômicos:
-John Dalton
Modelo conhecido como "bola de bilhar", por Dalton tem em sua teoria, que o átomo é uma minúscula esfera, maciça ,indivisível e sem carga; 1808;
-Joseph John Thomson
Na teoria de Thomson, a matéria, continha partículas de massa menores que o átomo , os elétrons; partículas de carga negativa. O átomo seria uma esfera com elétrons na sua superfície, esse modelo é conhecido como "pudim de passas", sendo a esfera o pudim (átomo) e os particulas menores as passas (elétrons).1887;
-Ernest Rutherford
Um pouco mais complexo, o modelo de Rutherford, usava um material radioativo para emitir partículas positivas, as particulas alfa que incidiam numa lâmina de ouro, assim, ele pôde concluir que o átomo tem uma região mais pesada, o núcleo, e que esse núcleo tem carga positiva, com elétrons girando ao redor dele (eletrosféra). Esse modelo foi chamado de "modelo planetário" por sua semelhança com o sistema solar.1911;
-Niels Bohr
O modelo anterior, de Rutherford foi estudado e aperfeiçoado por Bohr; Já que ele encontrou uma falha na teoria então apresentada: Se os elétrons de carga negativa ficavam girando em torno de um núcleo de carga positiva, este movimento iria causar uma perda de energia devido a emissão de radição, até que os elétrons se aproximariam do núcleo e cairiam sobre sí. Sendo assim, a conclusão de aperfeiçoamento, depois de estudos, foi que os elétrons giram em torno do núcleo, mas em camadas, níveis de energia. Quando esse elétron recebe muita energia, ele "pula" para um nível mais distânte do núcleo, até perder um pouco de energia, e depois "pular" outro nível, mais próximo do núcleo, e assim vai;1920;
Esse é o modelo mais próximo do atual, sabe-se que os elétrons possuem carga negativa, massa pequena e se movem em órbitas ao redor do núcleo; O núcleo é situado dentro do átomo, constituido por prótons que são particulas de carga positiva.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Genética/Heredograma

Heredogramas!
Esquema utilizado para analizar a genética de individuos e seus descendentes.
() = mulher
[] = homem
*nas provas, livros e afins, é mais ou menos assim que aparece mesmo, mulheres com uma "bolinha" e homens "quadrado" .... duplo sentido no quadrado bem cabível aos homens! Como no teclado não tem quadradinhos e bolinhas, eu usei os colchetes e parenteses que quase chegam lá. Esses indíviduos acima, são normais, sendo que são representados por bolinha e quadrado apenas.
(+)= mulher afetada
[+]= homem afetado
* quando a bolinha ou o quadradinho aparecem preenchidos, é sinal que o indivíduo é afetado (por o quê?) ... isso vai depender da questão!!! Ou algumas vezes nem a questão especifica, o que importa é que se apareceu preenchido, é sinal de que está afetado!
Características dominates e recessivas: Muito enganado está quem acredita que recessivo é o indivíduo afetado apenas. O recessivo é indicado pelo alelo ( que merda é essa?) . Todas as Tias Rosinhas, aquelas da escola, ensinaram em biologia, o básico da genética! Geralmente com exemplos peculiares, albinos ...onde esses levavam duas letrinhas que todo ser racional a de se lembrar : "aa" !!! Aquela aula bacana que a galera ficava dizendo "Aa, AA, aa ..." enfim, essas letras, indicam alelos. Alelo na forma dificil de dizer, seria as formas alternativas de um gene, por exemplo, o que determina a cor ( de petálas, de pelôs, da pele..) Sendo assim, o "aa" da Tia Rosinha da escola, indicava o albino! E não obrigatóriamente as letras são representadas por "A", tinham ainda aquelas aulas, que a Tia trocava a letra, e quando usava "Tt" (tesão, tesinho) você babaca por natureza da idade, caia no riso e perdia o fio da meada.
Exemplo de Heredograma:
O albinismo é uma anomalia hereditária, caracterizada pela incapacidade de produzir melanina, pigmento presente na pele, nos pelos e na íris. Um casal procura um serviço de aconselhamento genético porque teve uma filha com albinismo e tem outros dois descendentes normais, uma menina a mais velha e um menino. O homem tem pais normais e um irmão mais velho normal, a mulher, é filha de um casal de pessoas normais que teve outros dois descentedentes, um menino albino, e o terceiro, uma menina normal. O heredograma da família descrita:
Aa Aa Aa Aa
I - {1} []---------{2}() {3} []-----------{4}()
A- | Aa Aa | aa A-
II - {5} []------------{6}[]--------------------{7}()-------------{8}[+]------{9}()
A- A- | aa
III - {10} ()------------{11}[]-----------------{12}(+)

*Os indivíduos {8} e {12} apresentam anomalia, no caso descrita, albinismo. Nesse caso o albinismo é condicionado pelo alelo recessivo na II geração, em que os pais, da I geração, são normais Aa; E muito provavel que seja o caso da III geração, onde o indiviuo {12}(mulher) apresenta anomalia, mas nesceu de pais normais, onde pode-se concluir que levam os alelos Aa, já que são normais e enviaram o alelo recessivo aa para a filha. Os índividuos que levam o alelo A- , estão incompletos, já que não se pode saber seus alelos enquanto não tem herdeiros, mas existe uma forma de determinar as chances dos alelos serem recessivos ou dominantes, fazendo o esquema de "jogo da velha" que tambem, a Tia Rosinha ensinava:



A a
A AA Aa
a Aa aa





Ps: Está "tosco, porque eu não quis pegar um modelo no google e resolvi fazer tudo! Dai, sem as linhas que formam o "jogo da velha"não é tão visivelmente bacana ....................e a porra do blog, acabou com meu heredograma que estava LINDO! Simplesmente não cabe, e fica todo torto quando vem pra tela do blog! Um CÚ ! Fiquei uns 30 minutos fazendo e ninguém vai entender naaaaaaaaaaaada! Enfim, eu entendo ¬¬ , mas como sou legalzona, peguei um no Santo Google pra quem tiver curiosidade ou interesse de ver: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel5.php

Continuando ...Nesse "jogo da velha", podemos ver que 50% ou 1/2 das chances de os herdeiros serem Aa (normais) 20% ou 1/4 de serem aa (recessivos) ou, AA tambem 20% ou 1/4 sendo este dominante.

Nota: Esse post nada deve lhe interessar, caso você não goste de Biologia e Genética, ou não estude porra nenhuma na sua vida super supimpa! Então, evitem comentários inúteis :B , postei pra ajudar quem precisa, e porque reproduzir é uma forma de memorizar, e exercitar! Não sou professora e provavelmente devo ter cometido algum equívoco, ou não, mas caso tenha e você querido leitor tenha notado, sinta-se a vontade para me corrigir, assim eu aprendo um pouco mais!
=)