segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sorria, ou não;


Trans - pa - ren -te
adj m+f (baixo-lat transparente) 1- Diz-se do corpo que deixa passar os raios de luz, permitindo que se vejam os objetos através dele; diáfano. 2 -Translúcido. 3- Diz-se de uma cor que, sobreposta a outra, deixa ver esta. 4 - Que se percebe facilmente; claro, evidente. 5- Que se deixa conhecer; franco. 6- Que deixa perceber um sentido oculto.
"Você não é transparente o bastante..."
Uma coleção de frases dessas na vida, praticamente um audiobook de feedbacks nada elegantes que eu já ouvi. Tudo isso por um motivo simples. Eu não aparento muita coisa. Mas me sinto inteiramente na obrigação de me perguntar, "defina aparentar algo"; aparentar alegria, raiva, emoção, tristeza?
Dizem que ao me olhar, eu sempre pareço desviar ou não estar "gostando". Acho que me adaptei tanto a viver dentro da minha própria mente, que ao menos na minha concepção eu tenho muitas expressões. Consigo dialogar dentro da minha mente enquanto alguém dialoga comigo, não é muito "transparente" nem é um jogo limpo, mas não deixa de ser o meu jogo. Acho estranho demonstrações que não sejam aquelas de supermercado. E de certa forma, toda demonstração se refere ao produto que está a venda. Eu não estou a venda, e muito menos disponível. Eu estou do outro lado da demonstração.
Com exceção aos dias em que bebo muito, eu não costumo ser nada transparente. E quando sou, como já disse, estou embriagada e sem condições de ser sincera sem atropelar toda a transparência com demonstrações excessivas de coisas que nem ao menos eu sei se existem mesmo em mim, ou se eu crio mesmo ali, na hora, pelo dom de me impor protagonizando os meus desejos de as vezes pensar que eu faço e tenho o que quero.
Quanto aos outros dias, tenho cara de nada, não lembro ninguém e fico ali... Não vejo, não ouço, não falo; Mas dentro de mim existe um mundo, esse é só meu independente de alguém me ver ou não, eu vejo tudo o que preciso ver.
Transparente ainda é visível; E o que é visível, fica exposto.

Transparente, do latim: trans-parexên-kya , que significa “você pode acabar se fodendo”.

Latim?!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A bebida entra e a verdade sai;


Não sei que tipo de poder hipnótico tem o álcool, pra funcionar como o soro da verdade. Mas me pergunto sempre se quando abrimos a boca alcolizados, estamos de fato sendo sinceros. Acho que vai além da sinceridade, torna-se quase uma tragédia grega. Bastam alguns copos de uma bebida qualquer, e um lugar público cheio de gente que não deveria ver você em estado de embriaguez, pra começar o ato. Caem as cortinas e acendem as luzes mirando você, que desenrola o texto em uma cena de drama da sua vida pessoal que é praticamente uma caixa de Pandora. Nada mais cênico do que um bêbado tropençando em suas meias palavras impensadas. Eis o que Freud definiria como : ressaca moral.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O copo deve estar vazio ...


Achei que uma garrafa de Vodca com muito gelo resolveria meu problema. Mas já vi secarem tantas e o vazio permanece. Beber sempre parece a maneira mas fácil de solucionar as coisas fazendo com que elas sumam, nem que seja por um dia.
"Nem que seja por um minuto..." - Saudade é sentir um vazio e uma dor tão grande, ao ponto de abrir mão de um orgulho com força maior, de abrir mão de uma vida toda, só pra ter por um minuto que seja, tudo o que já passou.
Nunca soube nem nunca vou saber como pedir nada, quem dera atenção. E não é amor, nunca foi. É algo que conta mais com o que é menos puro, é algo que conta mais com a vontade incontrolável de não entender os motivos de um abaço ser tão bom.  Não quero mais entender o porquê de ser o que me faz falta, aliás, entender é a última coisa que eu quero agora.
A primeira delas, é saber o caminho certo de cruzar o caminho que me leve mais perto.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Happy birthday to me, the day is mine!


O dia é meu, a noite também, os drinks também, afinal como diz uma música muito simpática : se eu não escolho de quem vou gostar, pelo menos escolho o que quero beber!
E seleciono, tenho diversas opções que me agradam e me fazem feliz, e não por um dia, mas por diversos dias, diferente dessa maldita opção em que o coração esse membro inútil e desprovido da razão, insiste em querer. E o que isso tem com "hoje"?
Hoje é aquele dia. Aquele, em que você acorda ( ou no meu caso já está acordado porque ainda nem sequer dormiu) e percebe que, a exatos X anos atrás, você estava nascendo. E é complexo se analisado " mas pra que raios eu estava nascendo"?
Mais complexa do que a pergunta, é a resposta, se baseada nos fatos atuais (atuais mesmo, nesse instante); nasci para cá estar, de calcinha e camiseta, sentada na sala da minha "república estudantil" vulgo lar, para ter minha geladeira cheia de cervejas, o meu copo cheio de vodca, e o meu coração... vazio.
E quem liga para a falta de um abraço? Terei diversos deles, todos com tanto ou mais amor e carinho, regados a bebidas diversificadas e ambientes familiares. Terei o passado o futuro e o presente num dia só,  e todos que passarem pelos meus braços, irão deixar algo (portanto por favor, não me deixem problemas).
Dou "play" nessa sexta-feira, do dia pavoroso que é o 20 de abril, e abro os braços para comemorar meu dia, sairei de casa acompanhada de bons amigos, e farei coisas das que eu possa me arrepender depois, ou possa me orgulhar, mas hoje, eu farei. Não estou feliz ainda, mas não estar infeliz me parece um bom começo.

"Sério eu tô bem ... mas qualquer sopro seu, me derruba." #Soulstripper

domingo, 8 de abril de 2012

Maldiga e permaneça perto;



Não é questão de valer a pena, mas é cabível nem ao menos cuspir no prato já vazio, simplesmente por lembrá-lo ao cuspir. Para aqueles que merecem esquecimento, que tenham o esquecimento.
O problema é que a cada vez que se tenta esquecer, lembra-se.
Melhor mesmo é aprender a deixar passar, por perto. Assim pode-se dar a chance de um olhar comum.
Não a nada pior do que o olhar comum.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

relationship of love and hate


Entre cervejas torresmos e balas de gelatina ácidas, há uma cena num filme bom na TV. Nela está notável que duas pessoas se amavam muito, mas por umas indiferenças diferentes da vida, resolveram se separar e como sempre, uma vai sair machucada e descontente com a dor vai criar algo que supere o amor, o ódio. É exatamente o mesmo sentimento se analisado de perto, as pessoas se prendem umas as outras, pensam incontrolavelmente umas nas outras e desejam de alguma forma estar perto, nem que seja pra dar o último tapa. Quando há amor, há :"se não for comigo, que não seja com mais ninguém", e quando há ódio, " se não for por mim, não será por mais ninguém".
-Se eu não te amo, ninguém vai amar.
-Ninguém pode acabar com a sua vida, além de mim.
Pra pessoas de pouca expêriencia tanto em um cultivo de sentimentos, como no outro (eu) acaba por tanto fazer. Sentir um ou outro é demais pra mim. Não consigo me imaginar imaginando tanto uma pessoa só, ao ponto de desejar ser a única pra por o ponto final que o seja, ou sou egocêntrica demais pra imaginar que seja impossível ser uma pessoa única a finalizar o que quer que seja?
Acontece que quando unem-se esse dois sentimentos, que devem ser os mais fortes, parece que se cria algo indestrutível. Quando vemos dois "inimigos" se unir para algo, geralmente não é pra pouca coisa, e praticamente nunca se dão mal no que diga "juntos". Seriam então os inimigos, grandes amantes por sigilo absoluto?
De fato eu gosto desse tipo de sentimento duplo. Mas, prefiro os platônicos, onde eu crio, amo, odeio e finalizo ao me modo, no fim tomo meu Whisky sozinha e percebo que minhas discussões são sempre vencidas de mim para mim mesma.