quinta-feira, 14 de março de 2013

Ser ou não ser, a depender da questão;


É compreensível que alguns atos justifiquem-se por algumas faltas. Também acho normal que as pessoas mudem. Acho incrível quem consegue chegar onde quer com leveza, quem sabe o quer com determinação. O problema é quando a qualidade deixa de ser benéfica e se torna defeito. Passa-se a ser útil para situações inúteis, deixa-se criar desconfortos. Algumas pessoas tem dons magníficos como a persuasão, a liderança, a coragem. E algumas dessas pessoas usam esses dons para jogar sujo de forma mais ousada.
É interessante ser bom jogador. Mas é mais interessante ser bom observador, afinal todos os truques humanos tem suas falhas, e as falhas ficam descritas em ações, ou falta de ações.
 É importante perceber personalidades, e perceber que algumas variam de acordo com seus interesses.
É importante sermos essência para que não nos tornemos necessidade.

domingo, 10 de março de 2013

Bala perdida

     Após uma grande crise existencial, sempre vem uma crise "inexistencial". Sabe, não importa  tanto assim o motivo de estar aqui, importa mais o motivo de não estar. Você já está, as coisas já estão. Portanto não é que não exista escolha, é que existem muitas escolhas. E uma delas e se manter por aqui, até que se possa. E se manter mantendo algo que valha a passagem pela vida. A ilusão de que vamos crescer, nos desenvolver, termos escolhas e controle sobre tudo em nossas vidas é realmente frustrante. Começa que a nossa vida mesmo sendo nossa, não depende só de nós mesmos. Existem segundos, terceiros, quartos, e no que nos diz respeito, não nos cabe tomar escolhas por eles, nem que seja pra que esses permaneçam ao nosso lado, ou que ao menos permaneçam por aqui no mundo. Dentre todas as minhas escolhas, a mais difícil delas é aceitar. Aceitar que eu não sou boa em coisas que adoraria ser, aceitar que nem sempre eu vou poder ajudar as pessoas, aceitar que não posso pedir pra alguma delas ficar, aceitar que eu não tenho controle sobre tudo. Aceitar que eu sou realmente muito boa em trabalhar sem usar empatia emocional, em ser apenas racional, fria e prática. Aceitar que eu sou muito boa em ver de fora os problemas alheios que me parecem ter até um mapa de rota para a solução, e aceitar que quando o problema for meu, eu vou me perder em mim até que cesse por cansaço.

terça-feira, 5 de março de 2013

Dissociação


Estou num tipo de inferno astral antecipado. Aliás, inferno astral deveria ser essa ideia de que vai envelhecer, e iniciar os questionamentos, onde estou, porque estou e como estou?
Estou na graduação ainda, e nem é a final. Estou porque sou "complicada" demais pra fazer as coisas de um jeito prático sem antes tumultuar onde passo. E estou como cheguei, de forma egoísta a se analisar, fora o conhecimento eu nada consegui. Conhecimento é bom, pra você perceber o quanto está cercado de pessoas desprovidas deste. E é ai onde se concentra a frustração do "onde estou?"
Estou num lugar de onde sai um dia, voltei em outro e que agora, não parece mais meu. E afinal, onde eu deveria estar?