Mais uma vez eu parto, de coração partido e mente cheia de planos. O peito pode estar doendo como sinal de que Novembro nunca me é generoso, mas os planos mais uma vez estão caminhando, rumo ao escuro que com uma boa mira, vai acertar o alvo! Nunca gostei da palavra "mudança", mas ela me sorriu uma vez, a exatamente um ano, e sinto com os batimentos acelerados, que vem sorrir mais uma vez.
Quem precisa de pessoas? O significado da vida vai bem além de relações interpessoais, e eu sei disso melhor do que ninguém. Dois anos cobrando de mim e apenas de mim, que eu me dê o melhor. Interferências a parte, o coração é um órgão burro, pseudo culpado por nos desviar a atenção do que realmente importa. E o meu tem calendário, funciona meticulosamente nas mesmas datas, apenas substituindo o foco. Focos desfocados, que não me dizem nada no fim das contas, e apenas deixam aqui, uma marca de que talvez, outro alguém como eu, não exista. E se existir ... hum, aja Novembro até eu sentir o peito bater e dizer : a vida te surpreendeu.
sábado, 26 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Flagelo-me
Espasmo explícito num corpo implicitamente culposo
na boca o gosto amargo das junções, futuro, presente e passado;
Passado negado
Presente contido
Futuro arrependimento.
Náusea que cobra do corpo a dor da alma
mente que te mente, te cala, te deixa não sentir.
Sentido que permanece ausente perante uma verdade que escapa aos princípios.
Nem sempre os olhos vêem o que é real
nem sempre o real é essencial.
Essencial é que os pensamentos fiquem mudos, que o projetor cerebral não rode outra vez a mesma fita e que as vozes não repitam o mesmo discurso.
Cuspo por não me caber digerir o que não me fortalece.
Esvazio-me.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Novembro, pode ser daqui dez anos, será novembro.
Engraçado que, conforme o ano vai terminando, vão se acabando junto com os dias, algumas ideias e planos. Me lembro bem da agonia que senti a um ano atrás, quando pensei que pudesse ter me jogado num grande abismo sem saber onde ele iria acabar, se iria acabar e o pior, se estaria ou não fugindo do real caminho que deveria escolher.
Comecei esse ano contente por ao menos uma vez, tem conseguido conquistar algo por mim mesma, sem questionar ninguém sobre estar ou não caminhando corretamente, e bem, mesmo sem qualquer pergunta eu já ouvia muitas respostas. Respostas essas que condiziam com meus fatos e expectativas, de estar fazendo algo pelo qual busquei. Não me lembro de começar de forma divertida, já que no dia em que recebi minha melhor notícia até então, na vida, recebi também a pior delas, e pela primeira vez tive de pensar de duas maneiras diferentes ao mesmo tempo, para então carregar dois fardos diferentes sem deixar nada cair. Pensei a cada vez que ouvi o despertador antes do Sol raiar, que eu iria mandar tudo pro espaço, pegar uma mochila e desaparecer. Mas meu egoísmo nunca foi forte o bastante pra tanto, e acho que nem deveria ser, já que quem me cerca, nunca me foi egoísta. É você estar acostumado e ser cuidado, e de repente ter de cuidar, e se sentir perdido, mas mesmo assim, mais forte. Forte por carregar minha vida numa mochila pesada todos os dias, com sono e cansada, forte por encarar pessoas que eu nunca vi antes, forte por ter que me posicionar perante todas essas pessoas, e forte para me manter longe delas, por medo de perdê-las, já que eu nem ao menos sabia o porquê ainda as via. Foi ai que comecei a me questionar sobre estar no caminho certo ou não, sobre ter escolhido o curso certo ou não (não). Frustrei-me, e aprendi a gostar aos poucos, de tudo aquilo, afinal aquilo me mantinha de pé sem eu nem sequer notar. Não existem cursos certos, carreiras certas, existem escolhas, e nós não podemos nos culpar quando nos pedem para escolher UMA delas para TODA uma vida. Isso é muito pouco para uma vida. E ao menos pra minha vida, considero impossível não cometer erros até chegar a uma escolha, ou porque não, mais de uma. Foi então que percebi que o que eu realmente gosto de fazer, e sempre gostei, por mais que eu fuja e negue, não depende de uma renúncia para ser alcançado. Eu posso dar continuidade no que já comecei a trilhar, já que batalhei por isso, e acho válido todo conhecimento, nem que seja para fins pessoais, e também posso fazer o que gosto. Pode parecer pesado agora, mas poxa vida, pra quem há um ano chorava no corredor do Cursinho, se sentido para variar sozinha, e pequena diante de alguns livros, acho que subir mais um degrau, não vai me derrubar da escada.
Comecei esse ano contente por ao menos uma vez, tem conseguido conquistar algo por mim mesma, sem questionar ninguém sobre estar ou não caminhando corretamente, e bem, mesmo sem qualquer pergunta eu já ouvia muitas respostas. Respostas essas que condiziam com meus fatos e expectativas, de estar fazendo algo pelo qual busquei. Não me lembro de começar de forma divertida, já que no dia em que recebi minha melhor notícia até então, na vida, recebi também a pior delas, e pela primeira vez tive de pensar de duas maneiras diferentes ao mesmo tempo, para então carregar dois fardos diferentes sem deixar nada cair. Pensei a cada vez que ouvi o despertador antes do Sol raiar, que eu iria mandar tudo pro espaço, pegar uma mochila e desaparecer. Mas meu egoísmo nunca foi forte o bastante pra tanto, e acho que nem deveria ser, já que quem me cerca, nunca me foi egoísta. É você estar acostumado e ser cuidado, e de repente ter de cuidar, e se sentir perdido, mas mesmo assim, mais forte. Forte por carregar minha vida numa mochila pesada todos os dias, com sono e cansada, forte por encarar pessoas que eu nunca vi antes, forte por ter que me posicionar perante todas essas pessoas, e forte para me manter longe delas, por medo de perdê-las, já que eu nem ao menos sabia o porquê ainda as via. Foi ai que comecei a me questionar sobre estar no caminho certo ou não, sobre ter escolhido o curso certo ou não (não). Frustrei-me, e aprendi a gostar aos poucos, de tudo aquilo, afinal aquilo me mantinha de pé sem eu nem sequer notar. Não existem cursos certos, carreiras certas, existem escolhas, e nós não podemos nos culpar quando nos pedem para escolher UMA delas para TODA uma vida. Isso é muito pouco para uma vida. E ao menos pra minha vida, considero impossível não cometer erros até chegar a uma escolha, ou porque não, mais de uma. Foi então que percebi que o que eu realmente gosto de fazer, e sempre gostei, por mais que eu fuja e negue, não depende de uma renúncia para ser alcançado. Eu posso dar continuidade no que já comecei a trilhar, já que batalhei por isso, e acho válido todo conhecimento, nem que seja para fins pessoais, e também posso fazer o que gosto. Pode parecer pesado agora, mas poxa vida, pra quem há um ano chorava no corredor do Cursinho, se sentido para variar sozinha, e pequena diante de alguns livros, acho que subir mais um degrau, não vai me derrubar da escada.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
#NP: Lenha
Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer
Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Se eu digo pare
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo siga
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
*-*
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer
Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Se eu digo pare
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo siga
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
*-*
domingo, 6 de novembro de 2011
Ai se sêsse
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém se acontecesse de São Pedro não abrisse a porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvés que nois dois ficasse
Tarvés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse
sábado, 5 de novembro de 2011
Falta fôlego nesse mar de gente;
A verdade é que as pessoas vão te perguntar se esta tudo bem, e você vai sorrir dizendo que sim, quando na verdade não esta nada bem. Você também vai ouvir várias vezes, que não procura solucionar problemas dos quais já tem consciência. Vai ouvir o quanto comete erros, e o quanto repete a dose de cada um deles. Vai ouvir que precisa parar, que isso não te faz bem, e que é você quem busca tudo isso, e não busca o que realmente gostaria de alcançar. Alcance? Esticar os braços, ficar na ponta dos pés, e saber que pode, sentindo ao mesmo tempo que não sabe bem se quer, quando tudo o que você quer, é aquilo. Confuso? Confuso é ver tantos exemplos, ouvir tantas opiniões e receber tantos conselhos, de pessoas que parecem precisar deles mais do que você, que no fundo sabe que apenas esta dando tempo, ao seu tempo.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Modesty
- É também esta a nossa vergonha eterna!... (baixo) Saber que temos um
corpo nu debaixo da roupa... Mas seco, felizmente, magro... E o corpo tão seco e
tão magro que não sei como há nele sangue, como há nele vida... (gritando) Que
vens fazer nesta casa sem homens, nesta casa sem quartos, só de salas, nesta
casa de viúvas? (exultante) Procura por toda parte, procura debaixo das coisas,
procura, anda, e não encontrarás uma fronha com iniciais, um lençol, um jarro!
[ D. Flávia, Dorotéia - Nelson Rodrigues]
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Eu sou, o meu Sol;
E talvez eu tivesse mesmo que vir ao mundo um dia antes do previsto, com pouca paciência para outros que não fosse eu mesma, talvez eu tivesse mesmo que passar minha infância como passei, talvez as sombras e pensamentos solitários estivessem apenas me tornando alguém um pouco mais forte, mesmo quando parecesse fraca. Talvez eu tivesse que ser zombada todas as vezes que dizia que meus pais viajavam sem rumo, que meu berço muitas vezes foi uma caixa de baixo de um céu estrelado de uma praia qualquer, talvez ninguém deveras de fato, acreditar em meia palavra do que eu dizia ser minha vida. Eu conhecia o amor e a arte, antes mesmo de saber o que seria de mim. Talvez eu devesse mesmo me chamar assim, tão estranha quanto eu, porque mais tarde eu iria entender que o estranho não passava de verdadeiro, e eu, eu iria amar tudo o que fosse de mais estranho e comum a mim mesma. Diversas vezes ouvi minha mãe me contar, que o meu nome era muito bonito, porque ele vinha de um momento muito bonito, que ela havia escutado ele em uma canção e que eu estava junto dela, nela, aprovando que ele fosse meu. Ela dizia que eu havia escolhido meu nome.
Terumi quando o dia amanhece
levanta e semeia o arroz e o
arroz é banco porquê Terumi semeia
com delicadas mãos de japonesa
O pai de Terumi é um velho japonês
que sabe o que faz com o chão
camisa de saco, bota e chapelão
e lá vai ele pela plantação
Terumi não possui na família
nem principe nem um samurai
para ela o jão é a mãe e o pai
no chão paulista onde ela semeia
Quem casar com Terumi
vai ter sorte na vida
Terumi é uma gueixa caipira
e depois Terumi quer dizer simplismente
Terumi quer dizer sol nascente
Obrigada Renato Teixeira, agora eu sei que é verdade :)
Terumi quando o dia amanhece
levanta e semeia o arroz e o
arroz é banco porquê Terumi semeia
com delicadas mãos de japonesa
O pai de Terumi é um velho japonês
que sabe o que faz com o chão
camisa de saco, bota e chapelão
e lá vai ele pela plantação
Terumi não possui na família
nem principe nem um samurai
para ela o jão é a mãe e o pai
no chão paulista onde ela semeia
Quem casar com Terumi
vai ter sorte na vida
Terumi é uma gueixa caipira
e depois Terumi quer dizer simplismente
Terumi quer dizer sol nascente
Obrigada Renato Teixeira, agora eu sei que é verdade :)
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