segunda-feira, 31 de maio de 2010

inconsciente ativo.

Com 5 anos de idade ganhei minha primeira coleção literária, com 15 livros, "clássicos da Disney" e o primeiro livro tinha um enorme titulo majestoso:
.Alice no País das Maravilhas.
Foi apaixonante ver a figura da garota que como eu tinha cabelos dourados e um vestido azul, notavelmente parecido com um que minha avó havia costurado para mim.
Foi minha primeira leitura, claro que com 5 anos eu não assimilava perfeitamente aquela história toda, não era nenhuma criança dessas super dotadas de hoje em dia que parecem ter super poderes intelectuais.
Porem, eu conseguia compreender uma coisa com perfeita exatidão: aquela garotinha se não fosse eu mesma, era muito parecida comigo.
Eu não costumava ver outras crianças imergirem num estado de profundo terror ou maravilha como eu ... meus desenhos retratavam isso minunciosamente!
Eu nunca caí num buraco atrás de um coelho branco, mas já me perdi no jardim da pré-escola atrás de um gato preto.
Eu nunca me deparei fugitiva de uma rainha maldosa com nypes de cartas de baralho, porém, eu me deparei com uma que queria a minha cabeça!
Eu não vi ostras bebês que iriam morrer pra virar alimento de um bêbado sem coração, mas meu pai criava galinhas, e eu não axava justo tirar-lhes os ovos, pq acreditava estar matando os bebês delas!
Eu não tomei chá com um ratinho uma lebre e um chapeleiro maluco, mas tomei chá com um amigo invisivel e os animais que habitavam o quintal da minha casa típica de interior...
Mas assim como a minha heroína, eu tive que crescer e voltar do meu mundo mágico, porém aquele livro sempre esteve ali na prateleira completando a coleção que minha avó me deu em um natal...
E agora, eu posso assimliar bem melhor as coisas, ao ponto de compreender que assim como Alice, eu retorno ao meu mundo quando necessito.
E a melhor lição que eu tiro do "faz de conta" da minha vida, é que nada é impossível, e você sempre encontra refúgio dentro de si mesmo.
Eu me refugio em mim, eu me perco e me encontro em mim.
E quando eu acho que vou perder, me lembro que fui capaz de algo antes, e que não há o porque ser capaz uma vez e não ser outra.


Post que explica relativamente o porque de "síndrome de Alice" ser algo que esta presente a tanto tempo nas minhas frases habituais.


*ao meu ver, o chapeleiro maluco ama Alice, e quando ela volta ao país das maravilhas isso fica claro...mas ele é louco, e talvez ela tb seja.*

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