sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Enfim, recomecem a festa!


E o que dizer de 2011?
Que diferente de 2010, eu não amei até perder meu fôlego, nem sorri como se não houvesse um amanhã, então, penso nesse ano como consequência do anterior, onde eu aprendi que nem sempre a gente domina o que sente, mas sempre consegue aprender com o tempo que não dá pra querer quem não te quer, logo, esse ano me fez enfim, esquecer quem eu deveria, e abrir minhas portas e janelas pro que viesse de novidade. E consequência, bom, passei o ano anterior inteiro estudando pra chegar onde cheguei, e esse ano foi o ano de eu chegar, de pela primeira vez eu sentir o gosto de colher os frutos que plantei. É, ok que eu não estou EXATAMENTE onde queria estar, mas poder dizer que de certa forma você tem seu lugar ao sol, e um lugar bem desejado por muitos, é ótimo.
Senti falta de acordar e dizer : cacete, o que eu fiz ontem? - senti mesmo a falta de ser mais impulsiva e menos controladora comigo mesma, como eu sempre fui. Paranóica e cismada como sempre, mas sem aquele Q de quem vai ter história pra contar.
E eu não sei responder as perguntas de praxe para virada de ano, não sei o que desejo pra o ano que vai entrar, não sei o que espero e nem o que planejo. Eu planejo sim, desejo sim, mas nada tão forte quanto já foi, nada de torcer os dedos nos últimos segundos e pedir "por favor, eu preciso" - não, eu acho que eu preciso, mas não sei bem se torço meus dedos.
E não é despeito pelas coisas que quero, poxa, só eu sei como eu quero certas coisas e como gostaria de ficar mais perto de certas pessoas, mas eu não consigo por isso em planos, depois desse ano não. Esse ano eu aprendi que da mesma forma que pude calcular e ter o que queria exatamente como quis, eu também tive que lidar com o imprevisto e sentir por um fio, que todo o meu chão poderia desabar e eu ficar ali, inerte e sem caminho. Vi a pessoa que mais amo nesse fio, e eu não imagino o que seria de mim, se algo tivesse dado errado, e foi por tão pouco, tão pouco! A vida é muito pouco. Tive que ser forte demais quando eu só queria poder abraçar alguém e falar "me diz que vai dar tudo certo? diz que eu vou aguentar e ver isso acabar bem?"- e em nenhuma vez fiz isso, em nenhuma vez chorei pelo que sentia e pedi ajuda. Vai ver por isso eu sempre chorava quando bebia e culpava as pessoas que nem sequer sabiam direito, onde minha cabeça estava. E provavelmente essas pessoas me achem fracas demais, por acharem que chorava sem motivos. Exatamente por isso chorei com elas, não me conheciam bem mesmo, não faria diferença se julgassem.
Aprendi a conviver com essas pessoas, e com outras e cada dia mais outras. Aprendi a dormir com alguém todos os dias - tá, isso eu não vou aprender nunca- aprendi a me manter viva com meu próprio alimento, aprendi que em festas de faculdade, ou você é o idiota do grupo legal, ou o legal do grupo idiota, aprendi que eu nunca mais vou dizer " não, ele nunca" ... esse meu despeito inicial me rendeu algo não devastador, mas algo que eu não conhecia. E aprendi que lugares fechados sempre vão render assuntos do tipo "vai chover heim?" .
Conheci muitas pessoas que nunca pensei em conhecer, e não sei como, mas gostei muito de algumas, de umas em especial, tanto, mas tanto, que me aparecem nos pensamentos todos os dias. Talvez elas não saibam bem quem eu sou, mas bem, esse não foi um ano meu, esse foi um ano que vivi para outras pessoas, elas precisaram tanto de mim que acabei me deixando um pouco de lado. Espero voltar agora, porque agora, eu me sinto falta, e eu preciso de mim aqui.
- Queria muito ligar pra algumas pessoas, umas cinco, e dizer o quanto eu sinto, o quanto eu agradeço, o quanto aprendi e como eu desejo com todas as minhas forças mantê-las cada dias aqui mais perto.
Mas eu usando o telefone? Eu ligando? Ahhh tá!!! Deixa pro ano que vem, quem sabe!!!

E a minha coracionada de fim de ano, vai pra minha mãe, ela, a mais forte e dos 500 ml de peitos mais lindos do mundo!!! <3333333333333333333333333'

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