sábado, 10 de dezembro de 2011

Vai ser o queijo, o corredor, ou a platéia?


Que eu vivo em um constante looping de humores, acho que todos que convivem comigo, incluindo o gerente da farmácia que frequento semanalmente, sabem. O que eles não sabem, é que eu tenho dentro de mim uma enorme cisma, da qual sempre fujo: Tentar.
Eu não tento nada, tentar já me lembra fracasso, como se eu estivesse em uma grande corrida de queijos em uma ladeira - correr, ver o queijo rolar, e tropeçar nele pra rolarmos juntos e no fim, o queijo sair vencedor.
Não tento, ou consigo ou nem me dou ao trabalho. Ai vem a filosofia que "se não tentar nunca saberá se é capaz" ; mentira. De fato você sabe muito bem quando é ou não capaz, a variação ai vai do "querer" e do "possível". Se o queijo fosse gorgonzola por exemplo, eu não imaginaria corrida alguma, porque não iria me interessar pelo prêmio.
A questão é minha cisma, e eu cismo com muitas coisas mesmo quando não demonstro. E se eu disser "eu VOU", nem que seja a coisa mais absurdamente improvável, eu vou. E mais do que ir, vou querer ir com êxito total - tipo a corrida de queijos, e eu chegando na faixa com o queijo nas mãos.
Queijo inteiramente meu, com diversas marcas de outros competidores, ou um pseudo-queijo, aquele que um dia foi inteiro e hoje já é quase queijo ralado?
As pessoas precisam parar com esse ato depressivo de serem queijos rolando numa grande corrida de ladeira, levando diversas pegadas durante o percurso, pra no fim, se esborracharem numa pedra qualquer, e sobrarem apenas migalhas ...
... enquanto isso, eu prefiro não correr.

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