domingo, 11 de julho de 2010

Quem é ela?

Ela esta vagando por uma rua escura, a bruma e a densidade são surreais ou estão mesmo ali?
Não se pode dizer se ainda é real...é uma atmosfera única, e tudo parece não passar de um sonho, porém, ela sente dor. Não se pode sentir dor nos sonhos, e talvez ela venha a sangrar mais tarde, e o sangue se não estancar, é sinal de realidade.
Aquela gota que rola dos olhos dela, ainda é quente e salgada, corta o seu rosto até congelar.
Respirar parece algo tão dificil, que ela começa a acreditar que talvez seja mais fácil parar seus pulmões agora mesmo. Seria mais rápido livrar-se de tudo aquilo que incomoda e torna seus pensamentos confusos...difusos.
Ela deu só mais um passo e resolver parar. Pensar , resolveria??? O frio é tanto, que ela já não sente mais seus pés. Acredita estar adormecendo, seu corpo esta ali sentido a dor, mas sua mente esta confusa se perdendo em meio as brumas ... sua alma está longe, culpando ela de não aceitar a verdade.
Já não pode mais continuar.
Fexar os olhos ou mantê-los abertos não parece mais fazer diferença; Não consegue enxergar de nenhuma forma; Apenas o que vê, são imagens confusas de lembranças perdidas. Ou não seriam lembranças?! Esta cada vez mais dificil ela entender o que é real, e o que é sonho;
A dor é real.
O inconsciênte lhe disse para caminhar, mas seu corpo não corresponde seus sentidos, ela acharia conveniente perder a memória ; já que é inútil ter lembranças vazias de momentos que nem ao menos ela sabe se são reais.
Ela notou algo diferente; Alguém esta a sua frente, com o rosto oculto pela neblina; Quem seria capaz de estar ali com aquele tempo ruim além dela mesma? Foi dando pequenos passos a frente, o corpo parecia mais pesado do que de costume, quase como se caminhasse na água...mas já conseguia sentir próxima uma outra pessoa...outra?! Assustador; ela já pode ver seu rosto, não é outra pessoa. Seria um espelho? Como ela pode estar ali, parada bem á sua frente, e ao mesmo tempo, caminhando ao seu próprio encontro ? De um lado ela observa seu corpo inerte .... sua única certeza agora, era uma dúvida. Seus próprios olhos verdes e molhados á encaravam, existia ali naquele momento uma enorme interrogação.
Estava perdida outra vez...
A sua resposta, e seu caminho, estavam diante de si, em forma de si mesma.....Antes de encontrar o caminho que deverá seguir, ela precisa encontrar a si mesma.

Um comentário:

Unknown disse...

Amar doi e isso é o mais proximo de qualquer verdade, E o ser humano não suporta dor pricipalmente por ser o unico animal que sabe de onde ela vem! Por isso é mais facil se entregar a uma mentira. É por isso que ha quem acredite em Deuses, e é por isso que há quem nunca sabera amar!