sábado, 14 de janeiro de 2012

Ter ou não ter substitui ser ou não ser?



"- Ai caramba! Não, não. Tá mas e se ? E se, pode render um noite de sono passando vontade, ou uma manhã acordando arrependida. Melhor o que? O fato é que sei o que quero, sei que não é isso ... mas e se? Afinal, nem sei o que acontece "do lado de lá". Pode acontecer ménage à trois - ahh seeee!-  pode acontecer um click daqueles de ouvir sinos - e eu estarei sozinha sem sino algum - mas pode não acontecer nada...
... pode acontecer de ser recíproco.
Ah, não! Recíproco comigo? Comigo é tudo maior ou menor, nunca igual."



Me contradigo e faço comigo coisas que sei que no dia seguinte, serão apenas mais uma das coisas que fiz apenas pra saber que não deveria ter feito.
Me vejo entre o dilema do que sinto e do que gostaria de sentir, do que sou e do que gostaria de ser. Não me contento com o que me dou, gostaria de me dar mais.
Fechar os olhos por redenção, aceitar. Sentir que nada sinto, sentir que ao abrir os olhos o que tenho diante de mim não é o que eu desejo ter, que o gosto que sinto não é o que meu paladar guarda na memória, sentir que mesmo contrariando a mim mesma, nunca vou buscar aquilo que me faria abrir os olhos e dizer : meu.
O nosso lugar é onde podemos estar, ou onde devemos estar?

Nenhum comentário: