sábado, 31 de março de 2012

Fecham águas de Março, abrem-se lágrimas de Abril;


Me encontro as vésperas de um concurso público pra estagiar, e a única coisa que consigo sentir é indiferença com a vida. Se eu der a sorte de acordar inspirada, irei passar e conseguir uma vaga pra estagiar num lugar qualquer fazendo uma coisa qualquer só pra deixar de ouvir qualquer cretino dizendo o quanto eu deveria estagiar. Eu e o meu defeito bizarro de querer me enquadrar em um padrão nada favorável ao que me apetece. Deve ser a convivência.
Vivo numa cúpula de pessoas que fazem coisas para agradar outras pessoas que não elas mesmas. Passo horas observando as pessoas mudarem, deixarem seus gostos pessoais, só pra serem aceitas e talvez acreditarem que assim, elas terão uma vida social  quando na verdade elas tem uma vida vazia, cheia de pessoas vazias e que se importam mil vezes mais com o  ter do que com o ser; é onde você deixar de SER para TER, e assim se torna mais um.
Eu realmente gostaria que todas essas pessoas engolissem suas aquisições de status, e tomassem no meio do olho do ... enfim, gostaria que elas fossem de reto ao inferno, e começassem pelo próprio espelho, instrumento muito útil para se iniciar uma boa conversa com o ego e o superego. Afinal, é bom dar uma boa olhada na realidade antes de sair por ai se achando um Brad Pitt porque tem um carro mais ou menos, um emprego mais ou menos, uma casa mais ou menos, ou pior , uma posição social não remunerada e NADA mais ou menos.
Meu espelho está me dizendo que eu ganhei sardas novas, meu cabelo continua a me odiar, e que seria bom eu usar um clareador de olheiras. Mas que tudo permanece igual quanto aos meus princípios. Se isso é bom ou ruim, isso eu já não sei.

Um comentário:

Anônimo disse...

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=258533117559284&set=a.187751631304100.48790.187749077971022&type=1&theater