Você gosta de
alguém, que gosta de outro alguém, que gosta de outro alguém; faz-se jus ao
poema. O amor é um tal de guerrilhar consigo mesmo. Antigamente esperava-se a
visita do ser amado, enquanto o mesmo visitava outro alguém que talvez nem quisesse
visita alguma. Depois com o tempo, a visita virou um telefonema, esperado no
dia seguinte após uma bela noite, que só
foi bela pra quem ficou esperando o telefone tocar. E provavelmente não tocou,
provavelmente também, ele estaria tocando numa outra casa, pra outra pessoa que
talvez nem quisesse telefonema algum. E hoje em dia, além dessas alternativas,
temos mais umas tantas pra esperar algo que pode nunca vir. É você esperando
resposta de uma mensagem visualizada há dias, enquanto deixa de responder outra,
de uma outra pessoa, por estar focado na mensagem que nunca vai chegar, porque
aquela pessoa talvez esteja escrevendo pra um outro alguém que talvez, não
quisesse mensagem alguma.
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