terça-feira, 1 de novembro de 2011

Eu sou, o meu Sol;

E talvez eu tivesse mesmo que vir ao mundo um dia antes do previsto, com pouca paciência para outros que não fosse eu mesma, talvez eu tivesse mesmo que passar minha infância como passei, talvez as sombras e pensamentos solitários estivessem apenas me tornando alguém um pouco mais forte, mesmo quando parecesse fraca. Talvez eu tivesse que ser zombada todas as vezes que dizia que meus pais viajavam sem rumo, que meu berço muitas vezes foi uma caixa de baixo de um céu estrelado de uma praia qualquer, talvez ninguém deveras de fato, acreditar em meia palavra do que eu dizia ser minha vida. Eu conhecia o amor e a arte, antes mesmo de saber o que seria de mim. Talvez eu devesse mesmo me chamar assim, tão estranha quanto eu, porque mais tarde eu iria entender que o estranho não passava de verdadeiro, e eu, eu iria amar tudo o que fosse de mais estranho e comum a mim mesma. Diversas vezes ouvi minha mãe me contar, que o meu nome era muito bonito, porque ele vinha de um momento muito bonito, que ela havia escutado ele em uma canção e que eu estava junto dela, nela, aprovando que ele fosse meu. Ela dizia que eu havia escolhido meu nome.




Terumi quando o dia amanhece
levanta e semeia o arroz e o
arroz é banco porquê Terumi semeia
com delicadas mãos de japonesa

O pai de Terumi é um velho japonês
que sabe o que faz com o chão
camisa de saco, bota e chapelão
e lá vai ele pela plantação

Terumi não possui na família
nem principe nem um samurai
para ela o jão é a mãe e o pai
no chão paulista onde ela semeia

Quem casar com Terumi
vai ter sorte na vida
Terumi é uma gueixa caipira
e depois Terumi quer dizer simplismente
Terumi quer dizer sol nascente



Obrigada Renato Teixeira, agora eu sei que é verdade :)

Um comentário:

YESNO disse...

Quando eu ouvi a primeira vez esta música fiquei encantado pela simplicidade e a delicadeza da melodia. Perdi a gravação.

Recentemente quis recuperá-la, o que fiz adquirindo um Cd do poeta e cantor Renato Teixeira. Mas a melodia tem um arranjo diferente.

Ainda assim é encantadora.
Acho que vale a pena ouvi-la de novo, e sempre. Repito, emprestando aqui as palavras do cronista
Rubem Alves:
"Quanto te ouvi, ouvi-te já muito antes. Tornei a ouvir-te quanto te ouvi..."

http://www.kboing.com.br/renato-teixeira/1-1044701/