quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Novembro, pode ser daqui dez anos, será novembro.

Engraçado que, conforme o ano vai terminando, vão se acabando junto com os dias, algumas ideias e planos. Me lembro bem da agonia que senti a um ano atrás, quando pensei que pudesse ter me jogado num grande abismo sem saber onde ele iria acabar, se iria acabar e o pior, se estaria ou não fugindo do real caminho que deveria escolher.
Comecei esse ano contente por ao menos uma vez, tem conseguido conquistar algo por mim mesma, sem questionar ninguém sobre estar ou não caminhando corretamente, e bem, mesmo sem qualquer pergunta eu já ouvia muitas respostas. Respostas essas que condiziam com meus fatos e expectativas, de estar fazendo algo pelo qual busquei. Não me lembro de começar de forma divertida, já que no dia em que recebi minha melhor notícia até então, na vida, recebi também a pior delas, e pela primeira vez tive de pensar de duas maneiras diferentes ao mesmo tempo, para então carregar dois fardos diferentes sem deixar nada cair. Pensei a cada vez que ouvi o despertador antes do Sol raiar, que eu iria mandar tudo pro espaço, pegar uma mochila e desaparecer. Mas meu egoísmo nunca foi forte o bastante pra tanto, e acho que nem deveria ser, já que quem me cerca, nunca me foi egoísta. É você estar acostumado e ser cuidado, e de repente ter de cuidar, e se sentir perdido, mas mesmo assim, mais forte. Forte por carregar minha vida numa mochila pesada todos os dias, com sono e cansada, forte por encarar pessoas que eu nunca vi antes, forte por ter que me posicionar perante todas essas pessoas, e forte para me manter longe delas, por medo de perdê-las, já que eu nem ao menos sabia o porquê ainda as via. Foi ai que comecei a me questionar sobre estar no caminho certo ou não, sobre ter escolhido o curso certo ou não (não). Frustrei-me, e aprendi a gostar aos poucos, de tudo aquilo, afinal aquilo me mantinha de pé sem eu nem sequer notar. Não existem cursos certos, carreiras certas, existem escolhas, e nós não podemos nos culpar quando nos pedem para escolher UMA delas para TODA uma vida. Isso é muito pouco para uma vida. E ao menos pra minha vida, considero impossível não cometer erros até chegar a uma escolha, ou porque não, mais de uma. Foi então que percebi que o que eu realmente gosto de fazer, e sempre gostei, por mais que eu fuja e negue, não depende de uma renúncia para ser alcançado. Eu posso dar continuidade no que já comecei a trilhar, já que batalhei por isso, e acho válido todo conhecimento, nem que seja para fins pessoais, e também posso fazer o que gosto. Pode parecer pesado agora, mas poxa vida, pra quem há um ano chorava no corredor do Cursinho, se sentido para variar sozinha, e pequena diante de alguns livros, acho que subir mais um degrau, não vai me derrubar da escada.

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